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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Garantias dos CRIs pulverizados 3.0

Antes de começar vou reforçar a diferença entre CRIs Corporativos e Pulverizados.

CRIs corporativos são aqueles onde o devedor é uma empresa. Já no CRI Pulverizado o devedor também é uma empresa, mas nesse caso ela cede uma carteira com a dívida de centenas ou milhares de pessoas físicas, sendo assim o CRI recebe dinheiro diretamente das pessoas físicas e a empresa só é acionada caso essa carteira de recebíveis não seja suficiente para pagar as prestações. A imagem abaixo é a representação do funcionamento de um FIDC, mas a ideia é a mesma para um CRI de lastro pulverizado.

Fonte: https://conteudos.xpi.com.br/aprenda-a-investir/relatorios/fidc/

A seguir apresento as garantias/medidas de segurança mais comuns em CRIs Pulverizados.

Cessão de recebíveis em conta separada

Nos CRIs pulverizados, os recebíveis de um ou mais empreendimento são cedidos para o CRI, de forma que o dinheiro das prestações pagas pelos devedores pessoa física seja direcionado, sem intermediários, para uma conta separada em nome da securitizadora, ao invés de caírem na conta do empreendedor. Na imagem a seguir reproduzo uma explicação extraída de um documento produzido pela Devant para explicar sobre as garantias do fundo DEVA11.

Fonte: https://api.mziq.com/mzfilemanager/v2/d/ad2d678c-bb91-4213-b227-524580ee749c/0389a71a-7b38-0012-0ea9-5d7bfb3a19d2?origin=2 

Essa garantia é fundamental para o funcionamento dos CRIs pulverizados, pois garante que o fluxo seja pago independente da saúde financeira da empresa devedora. Um exemplo prático dessa garantia pode ser observado quando um dos devedores do fundo RECR11 entrou em recuperação judicial, mas o fundo seguiu recebendo as parcelas do CRI.

Fonte: Relatório Gerencial RECR11

É importante mencionar aqui que no episódio da GPK x Hectare essa garantia foi revogada por 60 dias na justiça a pedido da Gramado Parks, demonstrando a insegurança jurídica inexistente no Brasil. Algum tempo depois essa decisão foi revertida, mas os fundos/cotistas seguiram sem os recebíveis dos empreendimentos dos CRIs da Gramado Parks devido aos rolos do caso. Na seção de CRIs problemáticos, ao final desse capítulo, tento detalhar os acontecimentos desse episódio lamentável para a indústria de fundos imobiliários.

 

Leia mais aqui:

https://www.clubefiinews.com.br/recebiveis-imobiliarios/gramado-parks-consegue-na-justica-60-dias-de-suspensao-de-pagamento-a-credores

domingo, 23 de abril de 2023

Como identificar fundos de papel High Yield e avaliar seu risco

 Antes de prosseguir com a leitura dessa postagem é imprescindível um bom conhecimento sobre garantias. Uma boa opção de estudo é minha postagem sobre o tema:

https://fiica-esperto.blogspot.com/2023/04/garantias-dos-cris-pulverizados-2.html

Diferenciar fundos High Yield, Middle Risk e High Grade em alguns casos causa polêmica, já em outros é unânime. Com o tempo adquirimos um “sensor” de risco, mas enquanto você não obtém essa habilidade deixo abaixo alguns tópicos que o investidor deve procurar nos fundos que deseja.


Fatores de risco:

- Classificação: Aqui as 2 opções são CRIs corporativos ou pulverizados, o mercado costuma associar o primeiro a CRIs High Grade, enquanto o segundo é associado a fundos High Yield. Essa associação é feita devido a um ter como devedor empresas e o outro a pessoas físicas, no entanto, nem sempre isso é verdade, um CRI pulverizado bem estruturado pode ser muito mais seguro do que um corporativo.

Nos corporativos as informações são escassas e quase sempre não conseguimos antecipar os defaults, já nos pulverizados é possível saber que a operação está dando problema através da análise da cobertura da cessão fiduciária (a quantidade de dinheiro que a carteira de recebíveis está gerando versus a parcela a ser paga).

Nos CRIs pulverizados o resultado da operação independe (em parte) situação da empresa devedora, já que o fluxo de recebíveis passa a cair diretamente na conta do CRI.

- Segmento: Há 3 segmentos que são muito associados a fundos High Yield, são eles: Multipropriedade, loteamentos e incorporação vertical de construtoras de pequeno ou médio porte. Detalho um pouco desses segmentos, começando pelo mais arriscado.

Diante dos eventos em 2023 com empresas de Multipropriedade ficou mais claro ainda que esse segmento é problemático, para compensar o risco precisaria de uma taxa muito alta, mas quanto mais alta a taxa, mais o devedor fica sufocado. Então não tem jeito, o melhor é diminuir a mão em fundos com esse segmento em carteira, algo que deve ser mais fácil daqui em diante, vide que o filme das Multipropriedades ficou queimado no mercado.

Garantias dos CRIs pulverizados 2

Antes de começar vou fazer uma breve diferenciação dos CRIs Corporativos dos CRIs Pulverizados.

CRIs corporativos são aqueles onde o devedor é uma empresa. Já no CRI Pulverizado o devedor também é uma empresa, mas nesse caso ela cede uma carteira com a dívida de centenas ou milhares de pessoas físicas, sendo assim o CRI recebe dinheiro diretamente das pessoas físicas e a empresa só é acionada caso essa carteira de recebíveis não seja suficiente para pagar as prestações.

Após a leitura desse material procure pelas postagens que pretendo fazer sobre CRIs que deram problema.

A seguir apresento as garantias / medidas de segurança mais comuns em CRIs Pulverizados:

1º) Cessão de recebíveis em conta separada: Nos CRIs pulverizados os recebíveis de um ou mais empreendimento são cedidos para o CRI, de forma que quando os devedores pessoa física paguem o dinheiro vá para uma conta separada em nome da securitizadora, ao invés de caírem na conta do empreendedor.

Essa garantia é fundamental para o funcionamento dos CRIs pulverizados, pois garante que o fluxo seja pago independente da saúde financeira da empresa devedora. Um exemplo prático dessa garantia pode ser observado quando um dos devedores do fundo RECR11 entrou em recuperação judicial, mas o fundo seguiu recebendo as parcelas do CRI.

Fonte: Relatório Gerencial RECR11

É importante mencionar aqui que no episódio da GPK x Hectare essa garantia foi revogada por 60 dias na justiça a pedido da Gramado Parks, demonstrando a insegurança jurídica existente no Brasil.

 

2º) Cota Sênior/Subordinada: Os detentores das cotas Sênior recebem o dinheiro primeiro do que os que possuem cotas Subordinadas, estes últimos começam a receber somente quando todos os da série Sênior tiverem recebido. Esse esquema é representado na figura abaixo (Créditos ao Canal FII Fácil):

Logo, se um fundo quer ser mais conservador basta adquirir mais cotas Sênior, que possuem menor risco de crédito (e menor rentabilidade).

terça-feira, 13 de setembro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #136: VGIA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Menos de 15% da carteira de CRAs (Coopeavi e Granol) conta com alienação fiduciária de imóveis ou terras e no começo do fundo essa porcentagem era ainda menor. Outro problema relacionado é a liquidez das garantias, que é muito difícil de determinar, como no caso dos CRAs Granol, que é um armazém de grãos em Augusto Prestana


1.2. Concentrações elevadas em alguns CRAs, como o Cotribá 1S e seus 21,56%, além de outros com mais de 10% do PL. Esse defeito será minimizado com as novas emissões que tem saído frequentemente


1.3. Aparentemente utilizam alavancagem via compromissadas. Eu considero positivo a utilização de alavancagens, quando bem estruturadas. Entretanto, este já é um fundo arriscado, se ele faz alavancagem, aumenta ainda mais o risco


1.4. Taxa de performance (10% do que exceder o CDI) que funciona como uma segunda taxa de gestão, já que o fundo sempre vai bater essa meta tendo uma carteira de CRAs com taxa média de CDI + 6,20%. Apesar disso, a relação Despesas/Receitas se encontra em aproximadamente em 5% no acumulado até julho, um valor extremamente baixo;

1.5. Nenhum dos CRAs contam com Rating;

1.6. Não explica como tem conseguido realizar uma distribuição que supera a Taxa Média do fundo (CDI + 6,20% x CDI + 8,45% nos últimos 6 meses), sendo que mesmo com alavancagem não considero viável aumentar tanto a distribuição;

1.7. Fundo de papel negociado com bastante ágio, algo para se tomar cuidado, ainda mais que as emissões são frequentes, que podem derrubar as cotações;

1.8. Emissões com alto custo (quase 4%);

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #129: IRIM11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Carteira de FIIs composta majoritariamente por fundos do grupo Hectare/Devant com Preço Médio bem alto. Esse defeito é minimizado pelo fato de IRIM11 ter bastante espaço para crescer e diluir essas posições


1.2. Apesar de ter apuração via Regime Caixa não é adequado considerar que o fundo possua boas “reservas” de Correção Monetária, pois a gestão realiza frequentemente o giro dos CRIs para destravar a CM acruada. Esse problema poderia ser resolvido caso a gestão informasse a Correção Monetária acruada nos CRIs;

1.3. CRI Tabas, o mais representativo do fundo com 4,75% do PL, não conta com alienação fiduciária e se trata de um CRI para financiar empreendimentos em construção de uma Startup


1.4. CRI Starbucks, segunda maior posição com 4,71% do PL, também não conta com alienação fiduciária. Lembrando que o CRI não conta com o aval da controladora, apenas do controlador no Brasil. E a julgar pela taxa do CRI (CDI + 5%), obter crédito não parece ser tão fácil assim para tal controlador


1.5. Além dos 2 CRIs mencionados acima é possível identificar outros sem garantia real, como o CRI ADN, CRI Alphaville e outros;

1.6. Complicado de montar posição aos poucos, pois é um fundo caro (P/VP elevado).

Todo FII tem seus defeitos #128: MORC11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Concentrações elevadas em alguns CRIs e por se tratar de um fundo High Yield, considero que o ideal é algo como 5% por ativo. O fundo ainda é pequeno, então não será muito difícil melhorar a diversificação com uma ou duas emissões, mas até lá o fundo deverá estar mais concentrado do que eu e os gestores gostariam


1.2. Alguns CRIs com LTV muito elevada, a saber, CRI Ceratti & Magna (LTV 73%), CRI Minas Brisa (LTV 85%) e alguns outros. Para saber o que é LTV recomendo meu artigo sobre garantias em CRI:

https://fiica-esperto.blogspot.com/2022/06/garantias-dos-cris-pulverizados.html

1.3. Como a maioria dos CRIs do fundo são corporativos, não é tão fácil acompanhar a saúde financeira dos CRIs (nos pulverizados podemos acompanhar a Razão PMT). E gestores de fundos imobiliários tem o costume de comunicar a situação de estresse dos CRIs somente quando a situação já está caótica, vide o caso CRI Calçada em FLCR11, CRI “Ipatinga” em ARRI11 e outro em GCRI11. Importante ressaltar que até aqui a More tem feito uma gestão muito transparente e creio que em uma eventual situação de estresse comuniquem o quanto antes aos cotistas;

1.4. Zero informações quanto ao percentual de obras ou vendas dos ativos lastro dos CRIs;

Todo FII tem seus defeitos #127: IBCR11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Gestor Integral Brei fez um trabalho tão fraco no FOF da casa (IBFF11) que o mesmo foi liquidado;

1.2. Concentração de mais de 22% em um único CRI (CRVO). Gestão tem trabalhado para diminuir essa porcentagem (me lembro de algum tempo atrás ser 26%), ainda assim é uma baita irresponsabilidade concentrar tanto em um único CRI


1.3. Além do CRI CRVO e seus 22%, vários outros CRIs são muito representativos (aproximadamente 10% do PL)


1.4. Necessidade de fazer emissão para diluir os CRIs, mas nunca vi o fundo sendo negociado com ágio;

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Garantias dos CRIs pulverizados

Antes de começar vou fazer uma breve diferenciação dos CRIs Corporativos dos CRIs Pulverizados.

CRIs corporativos são aqueles onde o devedor é uma empresa. Já no CRI Pulverizado o devedor também é uma empresa, mas nesse caso ela cede uma carteira com a dívida de centenas ou milhares de pessoas físicas, sendo assim o CRI recebe dinheiro diretamente das pessoas físicas e a empresa só é acionada caso essa carteira de recebíveis não seja suficiente para pagar as prestações.

A seguir apresento as garantias / medidas de segurança mais comuns em CRIs Pulverizados:


1º) Cota Sênior/Subordinada: Os detentores das cotas Sênior recebem o dinheiro primeiro do que os que possuem cotas Subordinadas, estes últimos começam a receber somente quando todos os da série Sênior tiverem recebido. Esse esquema é representado na figura abaixo (Créditos ao Canal FII Fácil):

Logo, se um fundo quer ser mais conservador basta adquirir mais cotas Sênior, que possuem menor risco de crédito (e menor rentabilidade).



terça-feira, 5 de abril de 2022

Todo FII tem seus defeitos #99: HCTR11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Não divulga o pipeline das emissões, fazendo com que em várias ocasiões os cotistas fossem surpreendidos com as alocações (HCHG11, XBXO11, FII Serra Verde, etc.);

1.2. Ancoragem do HCHG11, fundo de papel High Grade da casa, que possui uma taxa média de IPCA + 6%, bem inferior a do HCTR11, mesmo considerando que a Taxa de Administração aplicada é a do fundo HG;

1.3. Retrocesso no rateio do Montante Adicional, saindo do modelo mais benéfico para as sardinhas para o mais benéfico para os institucionais. Em Live com o Baroni foi dito que a mudança foi feita porque no modelo anterior alguns investidores não estavam conseguindo aumentar sua posição significativamente via emissões. Minha opinião: quem quisesse comprar várias cotas em emissões deveria ter que fazer igual aos demais, pagar um pedágio alto na entrada (comprar com ágio no secundário);

1.4. Queda no prêmio das operações: IPCA + 8,50% em CRI de Multipropriedade era impensável alguns anos atrás. Espero que com o fim da palhaçada da SELIC em 2% os prêmios voltem a normalidade, apesar de que vai demorar muito para aumentar a taxa média dos CRIs, já que o fundo cresceu muito em épocas de juros baixos. Atualização 2ª versão: começaram a se preocupar com a Taxa Média do fundo, mas como previsto, agora essa é uma tarefa difícil devido ao porte do fundo


Todo FII tem seus defeitos #98: VSLH11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. CRI Resort do Lago Park com razões de garantia preocupantes, sendo que na Série Sênior a Razão PMT está em 56%, ou seja, o incorporador precisa complementar a parcela com cerca de metade do valor. Atualização 2ª versão: Razão PMT caiu mais ainda, agora (jan/22) está em 47% na série Sênior, mesmo que entre as duas análises tenha se passado um final de ano e a situação da Covid melhorado bastante;

1.2. Concentração irresponsável de mais de 14% nos CRIs Resort do Lago Park, fundos High Yield precisam ser diversificados, fundos Ultra High Yield como esse mais ainda;

1.3. Em vez de usarem os recursos captados com a última emissão para diluir os CRIs críticos (Razão PMT ruins), a gestão decidiu por aumentar posição em CRIs estressados;

1.4. Queda brutal da taxa média, saindo de IPCA + 13,90% no início do fundo para IPCA + 11,70% (jan/22). Sem que, na minha opinião, houvesse uma redução do risco e isso aconteceu em um período em que as taxas de juros subiam;

Todo FII tem seus defeitos #97: TORD11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. É do interesse da gestora estar sempre fazendo novas emissões, o que prejudica os cotistas, pois tais emissões geralmente são utilizadas em operações em estágio de desenvolvimento iniciais, diluindo assim as operações maduras. Além de que a entrada de novas cotas dilui os lucros acumulados nas SPEs. Atualização 2ª versão: bastante tempo que a gestora não faz emissão em TORD11 principalmente por causa das cotações no secundário, mas esse empecilho para a gestora pode ser resolvido facilmente com alguns rendimentos mais gordinhos;

1.2. Caso Serra Verde: considero bom demais para ser verdade, há coisas que não ficaram bem explicadas, principalmente a parte da Venda Forçada, mas ainda é muito cedo para dizer que será um investimento bom ou ruim;

1.3. TIR esperada dos projetos de Multipropriedade muito abaixo do esperado por mim, segundo o RG há projetos desse segmento com rentabilidade REAL esperada de 14%. Provavelmente a gestão está fazendo estimativas conservadoras, mas falar de uma TIR de IPCA + 14% de projetos de risco extremo me soa estranho;

1.4. A utilização de SPEs permite que a gestora drible a exigência de distribuição de 95% e fique “amarrando” a distribuição de rendimentos e distribuindo quando for mais conveniente para ela;

1.5. Aumento dos custos de construção em 2021 pode impactar a TIR dos projetos;

1.6. Multipropriedade é algo novo no Brasil, então é de esperar que ainda vai crescer bastante, entretanto, os projetos atuais se encontram em poucos locais, o que pode estar ocasionando uma bolha nessas regiões;

1.7. Ser investidor de TORD11 demanda muito tempo analisando e bastante paciência/resiliência para passar pelos meses de rendimentos fracos;

Todo FII tem seus defeitos #96: DEVA11 2.0.

1. Defeitos/riscos:

1.1. Em uma das suas emissões (não lembro qual) tentou dar um passo muito grande, fazendo com que o fundo ficasse com dinheiro em caixa por vários meses, prejudicando os rendimentos. Atualização 2ª versão: melhorou bastante no quesito velocidade de alocação;

1.2. CRIs de Multipropriedade são muito arriscados, já que trata de um negócio com giro extremamente alto de clientes (muitos distratos) e as garantias de tais CRIs são mais mercadológicas do que reais, ou seja, para cobrir a dívida é necessário vender o mesmo espaço várias vezes (não basta um leilão vendendo o tijolo);

1.3. A não muito tempo atrás corria uma história de que DEVA11 teria uma pegada mais Middle Risk do que High Yield, o que poderia causar uma quebra de expectativa entre os cotistas atuais. Atualização 2ª versão: aparentemente a gestão tirou essa ideia da cabeça;

1.4. Aquisição de CRIs Multipropriedade com prêmios de risco muito baixos, por exemplo, IPCA + 8,5%, valor que não remunera adequadamente o investidor pelo risco incorrido;

1.5. Investimento em DVFF11, FOF da casa, que não tem nada a ver com o perfil do fundo. Tal investimento representa uma porcentagem pequena do PL, mas é um completo desrespeito ao dinheiro do cotista. Atualização 2ª versão: esconderam o DVFF11 ao juntarem todos os FIIs “táticos”




terça-feira, 29 de março de 2022

Todo FII tem seus defeitos #92: FLCR11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Benchmark de IPCA + 2% no 1S21, gestora nova copiando as “jogadas” das gestoras velhas, nesse caso a meta baixa para ser sempre batida e a taxa de performance funcionar como uma segunda taxa de gestão. Atualização 2ª versão: no 2S21 o benchmark foi de IPCA + 5%;

1.2. Default em um CRI que representava cerca de 10% do PL e relatórios gerenciais não davam nenhuma pista de que isso poderia vir a acontecer, sendo que a situação difícil da construtora Calçada já era conhecida entre os Cariocas;

1.3. Pouca diversificação de CRIs, com vários representando 10% do PL cada um;

1.4. Ficou com dinheiro em caixa por vários meses em 2021


1.5. Compras de outros FIIs de CRI somado ao item anterior podem indicar dificuldade de alocação nos ativos alvo (CRIs);

Todo FII tem seus defeitos #88: GCRI11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Concentração em poucos CRIs, sendo que o mais relevante representa quase 20% do PL;

1.2. Mistura de CRIs Middle Risk e High Yield, atualmente está mais para um HY, mas o fundo é pequeno e pode mudar muito com uma única emissão;

1.3. Sem informação sobre Razão saldo devedor ou Razão PMT, impossibilitando o acompanhamento da saúde dos CRIs;

1.4. CRI Seed I sem garantia real, demais CRIs relevantes apresentam alienação fiduciária;

1.5. Taxa de performance desproporcional, sendo mais de 3x o valor das taxas de administração (tópico levantado na versão 1 da anállise);

1.6. Além da Correção Monetária acruada nos CRIs, o fundo fica acumulando resultado também, por exemplo, em nov/21 poderia ter distribuído R$1,54/cota mas distribuiu R$1,12.

Todo FII tem seus defeitos #87: HGIC11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Concentração elevada em poucos CRIs, com quase ¼ do fundo em apenas um CRI. Esse problema tende a diminuir com as novas emissões;

1.2. Como o fundo é muito pequeno, novas emissões podem mudar completamente a cara atual do fundo;

1.3. Taxa de performance muito pesada, além de ser 20%, a meta é muito baixa, apenas IPCA + 3%, enquanto o prêmio médio é de IPCA + 11,69%. Ou seja, sem esforço algum o gestor consegue bater a performance em 8,69%. Lembrando que o fundo tende a entregar resultados fortes principalmente por causa da assunção de risco por parte dos cotistas;

1.4. Em janeiro/22 aumentaram a posição no CRI Charme da Villa, saindo de uns 20% para 25%. Mesmo que digam que a concentração tende a se reduzir em breve, desde a primeira versão da análise (vários meses atrás) eu já chamava atenção para a concentração e o fundo foi na direção contrário, aumentando em vez de diminuir certas posições;

1.5. Rendimento bem aquém da remuneração dos CRIs devido a correção monetária estar sendo acruada;

1.6. Liquidez ruim até mesmo para investidor pessoa física;

segunda-feira, 28 de março de 2022

Todo FII tem seus defeitos #86: RBHY11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Metade da carteira de CRI é de pulverizados (loteamento e multipropriedade), mas não informa a razão PMT dos CRIs, impedindo o acompanhamento do risco das operações;

1.2. Difícil avaliar o risco de muitos CRIs, já que o fundo apresenta muitos devedores corporativos pouco conhecidos e o RG não faz uma apresentação, nem que seja breve, de tais devedores. Por exemplo, Dal Pozzo e Cal Viva, quarta e quinta maior posição no momento em que escrevo, nem mesmo dando um Google consigo achar informações sobre essas duas empresas;

1.3. (Consertaram esse ponto, mas vou deixar aqui registrado que antigamente era assim) Tabela de CRIs não ordenado por % do PL, dificultando a análise dos CRIs mais relevantes;

1.4. Baixa liquidez, mas melhorando;

1.5. CRI Gafisa, tenho críticas a esse devedor, empresa meio enrolada (em recuperação), mas se trata de um fundo HY, então tudo bem;

Todo FII tem seus defeitos #80: RZAK11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Ancoragem da emissão do fundo MGLG11, um fundo logístico que comprou imóveis descartados pelo BTLG11 da época em que ainda se chamava TRXL11, que fez uma gestão péssima. Além disso, quase metade da ABL está localizada no Rio de Janeiro. Ou seja, era bem previsível que seria um fundo rejeitado pelo mercado e assim foi feito, poucos meses após o IPO o fundo é negociado pela metade do valor de IPO;

1.2. Para terem uma ideia do desastre que foi a compra mencionada no item acima, em agosto/2021 o fundo tinha investido 20MM em MGLG11, já em janeiro o valor marcado na tabela de ativos era de 10MM;

1.3. Necessita melhorar a diversificação do portfólio, pois este é um fundo High Yield e conta com várias posições acima ou próximas de 10%. E como ficou claro com o episódio do CRI Vogue no fundo FLCR11, concentração em FIIs de papel High Yield é um desastre;

1.4. Compra de outros FIIs da casa, como RZTR11 e ARCT11, provavelmente para melhorar a cotação de tais fundos e facilitar emissões;

quinta-feira, 24 de março de 2022

Todo FII tem seus defeitos #69: KNHY11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Não possui direito de preferência nas emissões;

1.2. Precificação do VP muito volátil;

1.3. Marcação do VP a mercado + emissões constantes, algo que fez com que o fundo fizesse emissões a “VPs” cada vez menores;

1.4. Apesar de ser o fundo High Yield da casa, tem apresentado rendimentos inferiores ao fundo High Grade da Kinea. E o Relatório Gerencial não traz explicações para isso;

1.5. Fundo High Yield, mas as taxas não são assim tão High Yield, sendo mais próximo de um Middle Risk;

quarta-feira, 23 de março de 2022

Alguns conselhos para quem deseja ter ativos High Yield na carteira

- Você vai precisar diversificar, bem mais do que se estivesse investindo em High Grade ou Tijolos;

- Não ficar rejeitando fundos completamente, apenas diminua a porcentagem alocada em tal fundo. Por exemplo, muita gente não gosta de DEVA11 e HCTR11 por causa do excesso de emissões e alguns rolos, mas se você deixa de investir neles vai estar concentrando nos demais fundos HY do mercado;

- Quanto mais concentrada a carteira do FII, menor deve ser a sua posição no fundo. Por exemplo, FLCR11 passou por um CRI em recuperação judicial que representava 10% do PL. De que isso ia acontecer era difícil prever, mas estava disponível no Relatório Gerencial de que o fundo possuía vários CRIs ocupando cerca de 10% do PL, então era mais seguro se posicionar aos poucos em tal FII ou aguardar que ele diversificasse a carteira;

- Vai ter que entender muito bem sobre garantias (tenho um post sobre isso no blog);

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #27: NCHB11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Algumas razões PMT já no limite de segurança (110 a 120%);

1.2. Última alocação deixou a desejar no quesito velocidade, mas também não chega a ser um caso crítico;

1.3. Na última emissão adquiriu muitos CRIs com carência de amortização, o que impactou nas distribuições por vários meses. No momento em que escrevo mais de 1/3 da carteira ainda se encontra nessa situação;

1.4. Lançaram uma nova emissão antes mesmo de terminar a alocação da emissão anterior;

1.5. Aquisição de CRI Pulverizado com taxa de IPCA + 6,5%, mesmo tendo subordinação sênior é um prêmio muito baixo, muito baixo mesmo. No momento em que escrevo a versão 2 da análise tal CRI não se encontra mais na carteira, mas é bom deixar aqui registrada essa cagada;