1. Defeitos/riscos:
1.1. Carteira
de FIIs composta majoritariamente por fundos do grupo Hectare/Devant com Preço
Médio bem alto. Esse defeito é minimizado pelo fato de IRIM11 ter bastante
espaço para crescer e diluir essas posições
1.2. Apesar
de ter apuração via Regime Caixa não é adequado considerar que o fundo possua
boas “reservas” de Correção Monetária, pois a gestão realiza frequentemente o
giro dos CRIs para destravar a CM acruada. Esse problema poderia ser resolvido
caso a gestão informasse a Correção Monetária acruada nos CRIs;
1.3. CRI
Tabas, o mais representativo do fundo com 4,75% do PL, não conta com alienação
fiduciária e se trata de um CRI para financiar empreendimentos em construção de
uma Startup
1.4. CRI
Starbucks, segunda maior posição com 4,71% do PL, também não conta com
alienação fiduciária. Lembrando que o CRI não conta com o aval da controladora,
apenas do controlador no Brasil. E a julgar pela taxa do CRI (CDI + 5%), obter
crédito não parece ser tão fácil assim para tal controlador
1.5. Além
dos 2 CRIs mencionados acima é possível identificar outros sem garantia real,
como o CRI ADN, CRI Alphaville e outros;
1.6. Complicado de montar posição aos poucos, pois é um fundo caro (P/VP elevado).
2.
Qualidades:
2.1. Parece
ter desistido da ideia de ficar comprando FIIs e a porcentagem tem caído
2.2.
Mercado gosta de pagar caro pelos fundos geridos pela Iridium, então esse fundo
pode ser uma boa oportunidade para especuladores;
2.3. Boa
diversificação entres os CRIs, com nenhuma posição ocupando mais do que 5% do
PL
2.4.
Multipropriedade representam apenas 5% do PL e mesmo assim são da empresa WAM,
que parece ser menos enrolada do que a GPK (Gramado Parks);
2.5. Taxa
de Administração barata (0,98% a.a.) e não possui taxa de performance;
2.6. Taxas
Médias excelentes, tanto para os CRIs atrelados ao IPCA, quanto ao CDI
2.7. Não
fica retendo lucros
2.8. Despesas
extremamente baratas, em julho/22 representaram cerca de 5% das receitas e este
não foi um mês isolado. Sendo que o mais comum é algo entre 10 e 15% nos fundos
imobiliários;
2.9. Vários
CRIs cujo devedor é um fundo imobiliário, algo que considero positivo, pois são
mais fáceis de se acompanhar e possuem endividamento limitado;
2.10.
Gestor Selegatto possui grande respeito por parte dos cotistas e nas Lives que
ele participou me deixou uma impressão de ser bastante pró-cotista.
3. Compraria? Depende do preço. Assim como IRDM11, esse fundo deve proporcionar bons lucros via arbitragem até que alcance um tamanho razoável, então talvez compense pagar um pouco de ágio por aqui.
4. Dicas:
4.1. Deixar
claro que o fundo não cobra taxa de performance;
4.2. Informar
a Correção Monetária acruada nos CRIs;
4.3. Acrescentar
a LTV dos CRIs.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 04/09/2022
5.2.
Cotação: R$ 105,00
5.3. VP:
R$ 98,41
5.4. P/VP:
1,06x
5.4.
Contexto: SELIC em 13,75% a.a. e expectativa do fim do ciclo de alta em breve.
Deflação em julho e possibilidade de deflação em agosto também. FIIs de tijolo
se recuperando fortemente e queda nas rendas de fundos de papel.
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