domingo, 12 de dezembro de 2021

Venda de PUT especulativa

 Hoje vou trazer um exemplo real de outra estratégia, a Venda de PUT especulativa.

No início de novembro (09/11/21) identifiquei que o mercado estava precificando erroneamente PETR4, que em menos de um mês teria Data Com (01/12) de um dividendo de mais de 10%. Como estava com o caixa esgotado, decidi fazer o lançamento (venda) de opções PUT de PETR4 para depois da Data Com (17/12), já prevendo que nas proximidades do 01/12 as cotações iriam subir bastante e poderia recomprar as opções com um bom lucro. Dito e feito, a seguir as operações realizadas:

09/11: Venda de 100 opções PETRX303 a R$3,05

01/12: Recompra das 100 PETRX303 a R$0,59


Fonte: Arquivo pessoal

Alavancado com inteligência

Hoje vou compartilhar com vocês uma estratégia utilizando opções que me deu muitas alegrias alguns meses atrás (a Clear não permite mais) e tenho 100% de acerto até o momento.

Se trata da Venda de PUT longa. Nessa estratégia você faz a venda de PUTs com vencimentos superiores a 1 ano em ativos que você gosta, a um preço que você considera adequado e em quantidade que você possa aguentar pagar caso a situação se complique.


Conhecimentos necessários:

- Funcionamento de opções;

- Já ter operado vendido;

- Deságio de Garantia;

- Funcionamento das gregas, apenas recomendável e não é necessário um conhecimento profundo, apenas o básico.

ECONOMIA AVANÇADA PARA SARDINHAS #3 Porque o aumento da Taxa SELIC reduz a inflação

- Com o aumento dos juros as pessoas poupam mais e gastam menos. Quando os juros estão baixos as pessoas pensam: “Por que iria poupar com juros de 2%?”

- Queda do dólar. Pode parecer estranho falar isso com a cotação atual do dólar, mas se não fossem as altas recentes da SELIC o dólar já teria ultrapassado os R$ 6,00 facilmente. Essa queda acontece porque fica mais interessante para os estrangeiros comprarem dívida brasileira, o que aumenta a entrada de dólares, ou seja, pessoas vendendo dólar para comprar real (pressão na ponta vendedora do dólar);

- Encarece o crédito, reduzindo o consumo/demanda, ou seja, diminuindo a atividade econômico. Por isso políticos relutam tanto em fazer aumentos na SELIC;

- Reduz a base monetária, já que bancos emprestam menos (bancos multiplicam dinheiro do nada). Procure o Canal do Youtube do Fernando Ulrich para saber mais sobre Moedas fiduciárias.

ECONOMIA AVANÇADA PARA SARDINHAS #2 Marcação a Mercado

Como é de praxe nessa série, utilizarei um exemplo absurdo para que fique mais claro o entendimento.

Parte 1: Exemplo queda das Taxas de Juros

Estamos em jan/21, compramos R$100 em dívida da empresa X com uma taxa de juros Pré-Fixada de 10% a.a. Passado um ano os nossos R$100 agora são R$110, entretanto, as condições de mercado para a empresa X mudaram para melhor e agora ela consegue lançar dívida a 5% a.a.

Diante desse novo cenário podemos vender o nosso ativo por R$220, que seria o valor equivalente para gerar a Taxa de Juros de 5% a.a. que o mercado está disposto a pagar.

ECONOMIA AVANÇADA PARA SARDINHAS #1 REPOs

Nesse post vou tentar explicar da maneira mais simples possível sobre as REPOs (Repurchase Agreement ou Operações compromissadas) e seu impacto na economia. 

Parte 1: Analogia bem simplificada 

Imagine que você tem uma dívida de R$1000,00 que vence no final do dia e você não tem o dinheiro em “CASH” para pagar, então um investidor te empresta R$1000,00 em troca de você repassar para ele um Tesouro Direto que vale R$1000,00.

No dia seguinte você paga a dívida e recompra seu título por R$1001,00 com o salário que você acabou de receber.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #27: NCHB11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Algumas razões PMT já no limite de segurança (110 a 120%);

1.2. Última alocação deixou a desejar no quesito velocidade, mas também não chega a ser um caso crítico;

1.3. Na última emissão adquiriu muitos CRIs com carência de amortização, o que impactou nas distribuições por vários meses. No momento em que escrevo mais de 1/3 da carteira ainda se encontra nessa situação;

1.4. Lançaram uma nova emissão antes mesmo de terminar a alocação da emissão anterior;

1.5. Aquisição de CRI Pulverizado com taxa de IPCA + 6,5%, mesmo tendo subordinação sênior é um prêmio muito baixo, muito baixo mesmo. No momento em que escrevo a versão 2 da análise tal CRI não se encontra mais na carteira, mas é bom deixar aqui registrada essa cagada;

domingo, 5 de dezembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #26: MGFF11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Fundos de papel representam apenas ¼ do fundo, bem menos do que a proporção do IFIX. O fundo deixou de surfar os altos rendimentos deste segmento e foram cobrados por isso a ponto de colocarem uma nota no RG;

1.2. FOFs não tem um bom histórico, o exemplo de FOF mais antigo é o BCFF11, que não entregou aos seus cotistas nem aumento de rendimento, nem aumento de valor patrimonial;

1.3. Investimento em SADI11, cujo carrego é horrível, a não ser que tenha pego um ótimo preço, foi uma péssima escolha;

1.4. Posição em BCFF11, que também é um FOF, ou seja, paga taxas 3 vezes;

1.5. Risco de estar pensando comprar um FOF com P/VP baixo e pouco tempo depois o VP ser reajustado pra baixo, uma forma de mitigar esse risco é comprando após a divulgação do Informe Mensal, onde consta o VP;

sábado, 4 de dezembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #25: RBRY11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Taxa de gestão High Yield (1,3% a.a.) mas gestores ficam comprando CRI e FIIs High Grade;

1.2. Aquisição do CRI Cabreúva (8,6% do PL) que tem remuneração Pré-Fixada de apenas 8,5% a.a., uma taxa muito baixa quando estamos falando de Brasil. O que torna ainda mais grave essa compra é que ela foi realizada em abril de 2021, quando já estava mais do que claro que a inflação iria disparar e os juros iriam subir bastante. Para se ter uma ideia, o IGPM acumulado em março/21 era de incríveis 31%!

Fonte: http://www.idealsoftwares.com.br/indices/igp_m.html

1.3. Manipulação do CDI pelo estado atrapalha a parcela da carteira em CDI;

1.4. Não me agrada o gestor investindo em FIIs de CRIs (18,8% do PL), pois duplica as taxas pagas pelo investidor;

1.5. Fica retendo rendimentos;

Todo FII tem seus defeitos #24: MFII11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Emissões consecutivas diluem as operações performadas, já que geralmente as novas alocações estão em um estágio inicial, diminuindo o rendimento a ser distribuído;

1.2. Rendimento passa longe do retorno alvo, que é de 25 a 30% em alguns empreendimentos e IPCA + XX% em outros

Retorno alvo interessante, rendimentos nem tanto
Fonte: Relatório Gerencial MFII11

1.3. Pela segunda vez a CVM acusou o fundo de fraude, dessa vez de terem inflado o VP em 62,5MM, algo que indiretamente aumenta a remuneração do gestor, já que um VP maior da sustentação para um Valor de Mercado maior;

1.4. Não tem uma DRE no RG, logo não é possível saber o quanto as taxas comem das receitas;

Todo FII tem seus defeitos #23: HSAF11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Taxa de performance elevada (20%) sobre um Benchmark questionável (Maior entre 4% a.a ou 110% da Taxa DI);

1.2. Concentrado em poucos CRIs

Concentração excessiva por CRI
Fonte: Relatório Gerencial HSAF11

1.3. Não consta no relatório gerencial qual a estratégia para a parte de FIIs da carteira, se vai sempre ser concentrada em recebíveis ou se pode mudar a depender das condições;

1.4. Senti falta de um guidance quanto a porcentagem alvo de alocação em CRIs e FIIs;

Todo FII tem seus defeitos #22: MALL11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Cada nova emissão irá diluir o Shopping Maceió, que é um excelente ativo (ficou 100% durante toda a pandemia);

1.2. Shoppings bons são super disputados e caros, logo, é comum "abaixarem o nível" em novas emissões;

1.3. Não possui o Glamour de outros fundos, como VISC11 e XPML11, o que prejudica quem quer fazer trade e beneficia quem quer aumentar posição, pois o FII não é negociado a taxas elevadas de P/VP;

1.4. Adquiriram Shoppings no Rio de Janeiro com os recursos da última emissão e hoje representam ¼ do fundo;

Todo FII tem seus defeitos #21: VGIP11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Fundo possui 8% do PL em CRIs para a Gafisa, construtora que não dá lucro há 6 anos e seu valor em bolsa (GFSA3) já derreteu 98% desde o topo. A operação foi diluída com novas emissões, mas não me agrada a gestão comprando CRIs de empresas em Turnaround

Retrospecto da Gafisa no mercado
Fonte: Google

1.2. Investimento no CRI General Shopping, outra empresa lista em bolsa (GSHP3) que nos últimos 10 anos só deu lucro em 2. Além de possuírem um FII (GSFI11) cheio de rolo com alavancagem, já que existe há anos e nunca distribuiu rendimentos, ou seja, é uma empresa que toma muito risco, nem sei como recebeu nota AA da S&P. O CRI representa menos de 4,29% do PL;

1.3. CRI Fashion Mall, que representa mais de 9% do PL atual, é desenvolvido pela Gafisa também, a mesma história do item 1.1.;

1.4. Quase 16% do PL investido em CRIs emitidos pela Tecnisa, uma empresa listada em bolsa (TCSA3) que não da lucros desde 2016. Para piorar apenas um dos 3 CRIs, que representa 2,26% do PL, possui garantias reais. O Relatório Gerencial menciona que o CRI possui Rating A pela S&P, mas não confio muito em agências de Rating;

1.5. Informa as razões de garantia, mas estão dispersas na descrição de cada CRI, seria muito mais fácil trazer tal informação na tabela da página 3;