segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #27: NCHB11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Algumas razões PMT já no limite de segurança (110 a 120%);

1.2. Última alocação deixou a desejar no quesito velocidade, mas também não chega a ser um caso crítico;

1.3. Na última emissão adquiriu muitos CRIs com carência de amortização, o que impactou nas distribuições por vários meses. No momento em que escrevo mais de 1/3 da carteira ainda se encontra nessa situação;

1.4. Lançaram uma nova emissão antes mesmo de terminar a alocação da emissão anterior;

1.5. Aquisição de CRI Pulverizado com taxa de IPCA + 6,5%, mesmo tendo subordinação sênior é um prêmio muito baixo, muito baixo mesmo. No momento em que escrevo a versão 2 da análise tal CRI não se encontra mais na carteira, mas é bom deixar aqui registrada essa cagada;

1.6. Concentração elevada em poucos CRIs, com quase 60% do PL em apenas 5 ativos;

1.7. Alguns CRIs com Correção Monetária anual, inclusive o CRI Cidade Universitária, que representa 10% do fundo;

1.8. Deixaram a desejar no quesito transparência no Relatório Gerencial de Julho/2022 ao comentar sobre os problemas no CRI Cidade Universitária somente no rodapé da descrição do ativo. Acredito que uma questão importante como essa merecia destaque na mensagem inicial, pois se trata de um CRI problemático com quase 10% do VP.

https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=342354&flnk


2. Qualidades:

2.1. Gestor transparente, não economiza palavras no início do Relatório Gerencial para descrever as movimentações relevantes no mês;

2.2. Relatório Gerencial de Outubro/21 trouxe explicações muito boas sobre a distribuição de rendimentos por regime caixa e contábil;

2.3. Poucos CRIs de Multipropriedade, fator muito importante para quem quer diversificar em fundos High Yield;

2.4. Gestor atendo as demandas do mercado e está realizando a venda de CRIs com baixa remuneração e trocando por outros com melhores taxas;

2.5. Taxa de performance indexada ao IPCA;

2.6. Não alocou em CRIs HG para completar alocação;

2.7. Quase totalidade da carteira com inadimplência muito baixa, variando entre 0 e 2%;

2.8. Descreve as garantias dos CRIs e faz comentários mensais sobre cada um deles (excelente);

2.9. Não fez a ancoragem de seu FII de papel High Grade, o EQIR11;

2.10. Até o momento o fundo se encontra 100% em CRIs, ou seja, não fizeram a compra de outros FIIs para completar a alocação;

2.11. Originação própria dos CRIs, o que possibilita um melhor conhecimento dos devedores;

2.12. Carência dos CRIs devem acabar no primeiro semestre de 2022, o que pode proporcionar bons rendimentos mesmo que a inflação desacelere.


3. Compraria? Sim, considero uma ótima opção para diversificar dentro do segmento High Yield.


4. Dicas:

4.1. Evitar CRIs com carência de amortização ou correção monetária anual;

4.2. Deixar o saldo de Correção Monetária não distribuída em evidência.


5. Dados:

5.1. Data da análise: 05/12/2021

5.2. Cotação: R$ 89,68

5.3. VP: R$ 94,03

5.4. P/VP: 0,95x

5.4. Contexto: IPCA elevado proporcionando rendimentos elevados em fundos de papel.

 

Observações:
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista

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