1. Defeitos/riscos:
1.1. Algumas
razões PMT já no limite de segurança (110 a 120%);
1.2. Última
alocação deixou a desejar no quesito velocidade, mas também não chega a ser um
caso crítico;
1.3. Na
última emissão adquiriu muitos CRIs com carência de amortização, o que impactou
nas distribuições por vários meses. No momento em que escrevo mais de 1/3 da
carteira ainda se encontra nessa situação;
1.4. Lançaram
uma nova emissão antes mesmo de terminar a alocação da emissão anterior;
1.5. Aquisição de CRI Pulverizado com taxa de IPCA + 6,5%, mesmo tendo subordinação sênior é um prêmio muito baixo, muito baixo mesmo. No momento em que escrevo a versão 2 da análise tal CRI não se encontra mais na carteira, mas é bom deixar aqui registrada essa cagada;
1.6. Concentração
elevada em poucos CRIs, com quase 60% do PL em apenas 5 ativos;
1.7. Alguns
CRIs com Correção Monetária anual, inclusive o CRI Cidade Universitária, que
representa 10% do fundo;
1.8.
Deixaram a desejar no quesito transparência no Relatório Gerencial de
Julho/2022 ao comentar sobre os problemas no CRI Cidade Universitária somente
no rodapé da descrição do ativo. Acredito que uma questão importante como essa
merecia destaque na mensagem inicial, pois se trata de um CRI problemático com
quase 10% do VP.
https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=342354&flnk
2.
Qualidades:
2.1.
Gestor transparente, não economiza palavras no início do Relatório Gerencial
para descrever as movimentações relevantes no mês;
2.2. Relatório
Gerencial de Outubro/21 trouxe explicações muito boas sobre a distribuição de
rendimentos por regime caixa e contábil;
2.3. Poucos
CRIs de Multipropriedade, fator muito importante para quem quer diversificar em
fundos High Yield;
2.4. Gestor
atendo as demandas do mercado e está realizando a venda de CRIs com baixa
remuneração e trocando por outros com melhores taxas;
2.5. Taxa
de performance indexada ao IPCA;
2.6. Não
alocou em CRIs HG para completar alocação;
2.7. Quase
totalidade da carteira com inadimplência muito baixa, variando entre 0 e 2%;
2.8. Descreve
as garantias dos CRIs e faz comentários mensais sobre cada um deles
(excelente);
2.9. Não
fez a ancoragem de seu FII de papel High Grade, o EQIR11;
2.10. Até
o momento o fundo se encontra 100% em CRIs, ou seja, não fizeram a compra de
outros FIIs para completar a alocação;
2.11.
Originação própria dos CRIs, o que possibilita um melhor conhecimento dos
devedores;
2.12. Carência
dos CRIs devem acabar no primeiro semestre de 2022, o que pode proporcionar
bons rendimentos mesmo que a inflação desacelere.
3.
Compraria? Sim, considero uma ótima opção para diversificar dentro do segmento
High Yield.
4. Dicas:
4.1. Evitar
CRIs com carência de amortização ou correção monetária anual;
4.2.
Deixar o saldo de Correção Monetária não distribuída em evidência.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 05/12/2021
5.2.
Cotação: R$ 89,68
5.3. VP:
R$ 94,03
5.4.
P/VP: 0,95x
5.4.
Contexto: IPCA elevado proporcionando rendimentos elevados em fundos de papel.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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