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segunda-feira, 1 de maio de 2023

CRIs que deram problema: Serpasa

Fundos envolvidos: VCJR11, VCRI11, VICA11, VCRA11 e BTAL11

Breve descrição: CRI de uma empresa agrícola cujos recursos foram utilizados para financiar um projeto Greenfield, ou seja, do zero.

O que aconteceu: Devido a atrasos com liberação de licenças a usina de cana-de-açúcar que deveria começar a operar no primeiro semestre de 2022, teve autorização de funcionar somente no início de 2023.

Com o atraso no início da operação o Fundo de Juros não foi capaz de absorver todo o período não operacional do projeto, e para que o CRI não ficasse inadimplente os devedores venderam outros ativos não estratégicos para honrar as parcelas do CRI.

CRIs que deram problema: Languiru

Fundos envolvidos: VGIA11

Breve descrição: CRA antecipando recebíveis agrícolas da cooperativa Languiru, que atua no Rio Grande do Sul. A empresa foi fortemente impactada pelo aumento de custos com insumos agrícolas e queda dos preços de venda de suínos e aves.

O que aconteceu: O mercado veio a saber da situação crítica da cooperativa por meio de uma carta direcionada a bancos credores pedindo um alongamento do prazo de pagamento. Só depois que a notícia se espalhou que os gestores comentaram a situação da empresa em Fato Relevante. No entanto, as dificuldades financeiras já eram de conhecimento de pessoas mais próximas do negócio. A seguir reproduzo integralmente a carta aos bancos credores:


domingo, 23 de outubro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #160: RZAG11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Empresta para produtores rurais, inclusive pessoa física, para minimizar esse risco os CRAs contam com a alienação fiduciária de terras;

1.2. Valor das terras é algo muito variável, ou seja, a cobertura das garantias pode ir muito além da dívida, como também pode ir muito abaixo;

1.3. Cotas custodiadas pelo Banco Genial, que na declaração de 2022 fez várias lambanças, dentre elas ter praticamente obrigado investidores a abrir conta no banco para ter acesso aos informes de rendimento, além de ter cometido erros no cálculo dos créditos em trânsito. Para conhecer minha blacklist de custodiantes acesse o link abaixo:

https://fiica-esperto.blogspot.com/2022/03/blacklist-custodiantes.html

https://fiica-esperto.blogspot.com/2022/02/como-nao-passar-raiva-na-declaracao-do.html

1.4. Concentração elevada de devedores, com a KPS agropecuária representando 43,4% do PL e a Atafona 22% e o restante do PL é pulverizado, mas na verdade são 3 produtores pessoa física


Todo FII tem seus defeitos #159: GCRA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Custodiante Singulare, não sei dizer se presta um bom serviço nos informes de rendimentos. Abaixo deixo a minha blacklist de custodiantes:

https://fiica-esperto.blogspot.com/2022/03/blacklist-custodiantes.html

https://fiica-esperto.blogspot.com/2022/02/como-nao-passar-raiva-na-declaracao-do.html

1.2. Taxa de performance de 20% sobre IPCA + Yield IMAB5 pode ser bem cara;

1.3. Mistura de indexadores, 61% em CDI e 39% em IPCA, prefiro eu mesmo calibrar a porcentagem de indexadores da minha carteira;

1.4. Custos de emissão acima de 3% para uma emissão 476;

1.5. Alguns CRAs com taxas muito baixas adquiridas no começo de 2021


Todo FII tem seus defeitos #158: DCRA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Gestão Devant é muito criticada pelas emissões consecutivas e forçadas em DEVA11, e parecem fazer o mesmo no FIAgro da casa, vide a última tentativa de captação, em que o preço da emissão era superior ao de mercado;

1.2. Carteira concentrada, as 5 principais operações representam mais de 2/3 do P/L


1.3. Necessita diversificar a carteira e possui dificuldade de captar recursos


1.4. Apenas 24,9% dos CRAs contam com alienação fiduciária de terras ou imóveis;

1.5. Taxa de performance sobre 100% do CDI.

Todo FII tem seus defeitos #157: RURA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Omissão dos devedores, dificultando a análise de risco do crédito, algo que seria imperdoável com outra gestão, mas como é o Itaú, o mercado da um voto confiança;

1.2. Taxa de performance de 20% sobre CDI + 1%, ou seja, uma segunda taxa de administração;

1.3. Vários CRAs com pagamento de juros trimestrais e semestrais


1.4. Ausência de uma DRE no Relatório Gerencial;

1.5. Objetivo de retorno abaixo do Spread médio atual do fundo (CDI + 4,30%) x CDI + 3 a 3,5%


2. Qualidades:

2.1. 91% das operações contam com garantias reais, uma porcentagem muito elevada se compararmos com os demais FIAgros


2.2. 26 devedores divididos em vários setores


2.3. Emissão com direito de preferência, mas sem sobras e montante adicional;

Todo FII tem seus defeitos #156: KNCA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Rentabilidade cai bastante devido ao ágio das cotas. Saindo de uma boa Taxa Média de CDI + 5,79% para CDI + 2,02% considerando o ágio e subtraindo a taxa de administração

1.2. Concentração elevada em poucos devedores, como a Rio Amambai Agroenergia, que representa aproximadamente 1/3 do PL. Esse ponto será mitigado com as emissões vindouras


1.3. Diminuição do ICMS sobre gasolina reduz a demanda por etanol, principal segmento financiado pelo fundo


1.4. A seguir o trecho de um relatório gerencial do fundo DCRA11: "(iii) não investe em ativos de usinas sucroalcooleiras (cana-de-açúcar) que é um setor bastante cíclico, historicamente mais suscetível à fraudes e que possui margens comprimidas"

https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=366218&flnk


2. Qualidades:

2.1. Direito de preferência nas emissões, mas sem sobras e montante adicional;

2.2. Sem taxa de performance;

2.3. Confiança do grupo Kinea, algo muito importante em um mercado novo e riscos desconhecidos;

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #155: VCRA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Baixa diversificação de devedores, com os 2 mais relevantes representando quase 60% do PL. Esse defeito/risco será minimizado com a segunda emissão, que pretende triplicar o tamanho do fundo


1.2. Ruídos negativos quanto a Usina Coruripe (10% do PL), mas dando uma pesquisa na mídia não encontrei nada a respeito. Entretanto, num passado não muito longínquo a empresa parecia estar bem endividada. Esse é um dos CRAs que não contam com garantias reais

https://istoe.com.br/usina-coruripe-renegocia-r-19-bilhao-em-dividas/

1.3. Diminuição do ICMS sobre a gasolina pressiona pra baixo os preços do etanol, fazendo com que algumas usinas migrassem a produção para açúcar e não sei dizer se as usinas financiadas pelo fundo possuem tal flexibilidade.

https://www.moneytimes.com.br/usinas-jogaram-a-toalha-com-o-etanol-e-nao-correrao-mais-atras-da-competicao-com-a-gasolina/

1.4. Aparentemente apenas o CRA da Raça Agro (15% do PL) está no segmento de Revenda, que em relatórios gerenciais de outros FIAgros é considerado como o mais seguro, devido pulverização de devedores;

1.5. CRA BB Fuels Palmas financia um ramo desconhecido para o mercado: uma usina termoelétrica a base de biocombustível (óleo de Palma). Algo que minimiza os riscos é que usinas assim são importantes para Roraima, já que o estado não está interligado ao sistema elétrico do restante do país


2. Qualidades:

2.1. Gestor tem feito um excelente trabalho em VCJR11, FII de crédito da casa;

2.2. Parceria com a DATAGRO, empresa de consultoria agrícola com décadas de experiência;

sábado, 8 de outubro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #138: NCRA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. CRAs com pagamento trimestrais, semestrais e anuais fazem com que os rendimentos sejam irregulares;

1.2. Apenas 21% dos CRAs contam com garantias reais, ou seja, alienação fiduciária de imóveis ou terras. Infelizmente esse é um problema crônico da indústria de FIAgros atualmente. Como o fundo é pequeno essa porcentagem pode mudar bastante com novas emissões, tanto pra mais, quanto pra menos;

1.3. Cessão de Recebíveis com Razão pouco acima do Saldo Devedor, geralmente 110% ou 115%, ou seja, pouca gordura de cobertura dos CRAs. Importante ressaltar que em outros fundos essa porcentagem é similar e ainda estou aprendendo sobre o funcionamento CRA Pulverizados. Logo, ainda não posso “cravar” que essa seja uma porcentagem alta ou baixa, independente disso, não permitir um acompanhamento mensal pelo cotista pode ser considerado outro defeito


1.4. Alta concentração em poucos CRAs. O fundo é pequeno, então esse problema pode ser facilmente resolvido com uma ou duas emissões e o gestor já deixou claro que tem a intenção de limitar a concentração a 5% do PL



terça-feira, 13 de setembro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #136: VGIA11

1. Defeitos/riscos:

1.1. Menos de 15% da carteira de CRAs (Coopeavi e Granol) conta com alienação fiduciária de imóveis ou terras e no começo do fundo essa porcentagem era ainda menor. Outro problema relacionado é a liquidez das garantias, que é muito difícil de determinar, como no caso dos CRAs Granol, que é um armazém de grãos em Augusto Prestana


1.2. Concentrações elevadas em alguns CRAs, como o Cotribá 1S e seus 21,56%, além de outros com mais de 10% do PL. Esse defeito será minimizado com as novas emissões que tem saído frequentemente


1.3. Aparentemente utilizam alavancagem via compromissadas. Eu considero positivo a utilização de alavancagens, quando bem estruturadas. Entretanto, este já é um fundo arriscado, se ele faz alavancagem, aumenta ainda mais o risco


1.4. Taxa de performance (10% do que exceder o CDI) que funciona como uma segunda taxa de gestão, já que o fundo sempre vai bater essa meta tendo uma carteira de CRAs com taxa média de CDI + 6,20%. Apesar disso, a relação Despesas/Receitas se encontra em aproximadamente em 5% no acumulado até julho, um valor extremamente baixo;

1.5. Nenhum dos CRAs contam com Rating;

1.6. Não explica como tem conseguido realizar uma distribuição que supera a Taxa Média do fundo (CDI + 6,20% x CDI + 8,45% nos últimos 6 meses), sendo que mesmo com alavancagem não considero viável aumentar tanto a distribuição;

1.7. Fundo de papel negociado com bastante ágio, algo para se tomar cuidado, ainda mais que as emissões são frequentes, que podem derrubar as cotações;

1.8. Emissões com alto custo (quase 4%);