1. Defeitos/riscos:
1.1. Fundos
de papel representam apenas ¼ do fundo, bem menos do que a proporção do IFIX. O
fundo deixou de surfar os altos rendimentos deste segmento e foram cobrados por
isso a ponto de colocarem uma nota no RG;
1.2. FOFs
não tem um bom histórico, o exemplo de FOF mais antigo é o BCFF11, que não
entregou aos seus cotistas nem aumento de rendimento, nem aumento de valor
patrimonial;
1.3.
Investimento em SADI11, cujo carrego é horrível, a não ser que tenha pego um
ótimo preço, foi uma péssima escolha;
1.4.
Posição em BCFF11, que também é um FOF, ou seja, paga taxas 3 vezes;
1.5. Risco de estar pensando comprar um FOF com P/VP baixo e pouco tempo depois o VP ser reajustado pra baixo, uma forma de mitigar esse risco é comprando após a divulgação do Informe Mensal, onde consta o VP;
1.6.
Muita laje corporativa na carteira, 26%, setor que acredito que ainda vai
sofrer muito com o Home Office;
1.7. Posição
em ALMI11, fundo com imóvel encalhado no RJ que não distribui rendimentos desde
março/2017;
1.8. Não
informa o lucro não realizado;
1.9. Não
informa se tem lucro realizado não distribuído;
1.10. BRCR11,
maior posição de MGFF11, é fundo de lajes que sofria com vacância antes mesmo
da pandemia e apresenta uma desvalorização enorme, sendo muito provável que o
fundo esteja com um PM bem superior a cotação atual;
1.11.
KNCR11, segunda maior posição do fundo, se trata de FII de papel super High
Grade que não suporta 2 taxas de administração, sobrando muito pouco para o
cotista;
1.12.
Apenas 1% em Renda Urbana, o segmento em FIIs de tijolos que considero mais
promissor;
1.13.
Fundo criado em 2018 e com PL elevado, sendo que prefiro FOFs novos e pequenos,
pois possuem menos “posições perdedoras” e são mais ágeis.
2.
Qualidades:
2.1. É um
FOF que por muito tempo foi negociado acima do VP, então é de se esperar que em
uma eventual recuperação isso se repita;
2.2. Caso
acredite na recuperação das Lajes corporativas, parece ser uma boa opção;
2.3. 43%
da carteira em FIIs com renda prejudicada (Shoppings e Lajes), com a
recuperação da economia os rendimentos recorrentes vão melhorar;
2.4.
Aluga cotas de FIIs para aumentar a renda;
2.5. Gestor
faz muitas Lives, então dá para saber o que pensa e o fundo tem mais
visibilidade;
2.6.
Conseguindo obter ganho de capital mesmo com o mercado bem desfavorável.
3.
Compraria? Não, não gosto de FOFs, principalmente de fundos pouco arrojados e
com muitos FIIs que me desagradam, além de não ser uma classe de ativo com bom
prospecto, vide o ponto 1.2. E FOFs não são a melhor ferramenta para
investimento em longo prazo, FOFs são para colocar uma gestão especializada
para surfar as ondas do mercado e a Mogno deixou passar completamente a onda
dos recebíveis.
4. Dicas:
4.1. Apresentar
o resultado por cota de forma mensal, ao invés de trimestral como é apresentado
atualmente;
4.2. Adicionar
gráfico de evolução da posição por segmento, um ótimo gráfico para entender a
cabeça do gestor.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 05/12/2021
5.2.
Cotação: R$ 60,40
5.3. VP:
R$ 76,58
5.4.
P/VP: 0,79x
5.4.
Contexto: FOFs sendo negociados bem abaixo do VP devido a dificuldade de obter
ganho de capital.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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