Nesse post vou tentar explicar da maneira mais simples possível sobre as REPOs (Repurchase Agreement ou Operações compromissadas) e seu impacto na economia.
Parte 1: Analogia bem simplificada
Imagine que você tem uma dívida de R$1000,00 que vence no final do dia e você não tem o dinheiro em “CASH” para pagar, então um investidor te empresta R$1000,00 em troca de você repassar para ele um Tesouro Direto que vale R$1000,00.
No dia seguinte você paga a dívida e recompra seu título por R$1001,00 com o salário que você acabou de receber.
Parte 2: Como funciona nos bancos
As REPOs são utilizadas por bancos para fechar buracos nos seus balanços diários, em situações normais as REPOs são com taxas muito baixas (aqui no Brasil a taxa é o CDI – Certificado de Depósito Interbancário), mas quando há muitos bancos enrolados e poucos investidores (devido a estarem com medo), essas taxas podem subir muito.
Quando falta dinheiro no sistema o FED (Banco Central Norte Americano) intervém e compra ativos do banco (títulos públicos, de hipoteca, etc.) para que ele feche seu balanço, evitando que haja pânico e quebras.
Parte 3: Problemas
O FED ao comprar tais ativos e não exigir que os
bancos os recomprem acaba causando os seguintes problemas:
- Inflação, devido ao dinheiro criado do nada para
fazer a compra dos ativos;
- Estimula o risco indevido, pois os bancos sabem
que o papai FED vai socorrer;
- Salva agentes financeiros não eficientes;
- Dependência, o FED não tem conseguido diminuir a
quantidade de REPOs, que hoje já se encontram em cerca de 1 trilhão de dólares
por DIA;
- Endividamento público;
- Transferência de dinheiro para os super ricos,
principalmente que acontece a REPO reversa (o FED vendendo ativos para o
mercado a fim de diminuir o dinheiro em circulação).
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