1. Defeitos/riscos:
1.1. Benchmark
de IPCA + 2% no 1S21, gestora nova copiando as “jogadas” das gestoras velhas,
nesse caso a meta baixa para ser sempre batida e a taxa de performance
funcionar como uma segunda taxa de gestão. Atualização 2ª versão: no 2S21 o
benchmark foi de IPCA + 5%;
1.2. Default
em um CRI que representava cerca de 10% do PL e relatórios gerenciais não davam
nenhuma pista de que isso poderia vir a acontecer, sendo que a situação difícil
da construtora Calçada já era conhecida entre os Cariocas;
1.3. Pouca
diversificação de CRIs, com vários representando 10% do PL cada um;
1.4. Ficou
com dinheiro em caixa por vários meses em 2021
1.5. Compras de outros FIIs de CRI somado ao item anterior podem indicar dificuldade de alocação nos ativos alvo (CRIs);
1.6. Mistura
de CRIs Middle Risk (IPCA + 6,50%) e High Yield (IPCA + 12%), prefiro que o
fundo foque em algo e eu calibre a quantidade de risco da minha carteira;
1.7. Quase 1/3 do FII é de CRIs do segmento hoteleiro, sendo que além do CRI Calçada/Vogue, o fundo tem outro que está localizado no Rio de Janeiro e que também representa 10% do PL (CRI B&B Copacabana), a principal diferença é que esse CRI possui uma remuneração pífia de apenas IPCA + 7,50%
2.
Qualidades:
2.1. Teve
a hombridade de soltar Fato Relevante para informar sobre o pedido de
Recuperação Judicial da empresa Calçada poucos dias antes da fase de sobras de
sua emissão;
2.2. Estrutura
de garantias do CRI Vogue são bem robustas, já que o devedor entrou em
recuperação judicial mas segue pagando as prestações do CRI;
2.3. Boa
taxa média: IPCA + 9,50%;
2.4. Todos
os CRIs contam com garantias reais;
2.5. Ouvi
muitos elogios aos gestores desse fundo;
2.6.
Fundo pequeno, o que possibilita aumentar bastante a diversificação com apenas
uma emissão bem-sucedida;
2.7. LTV
baixo.
3.
Compraria? Sim, desde que aumentem a diversificação de CRIs, acontecer Default
é normal em fundos High Yield, o que não pode acontecer é dele ser
representativo demais na carteira.
4. Dicas:
4.1. Vender
as cotas de FIIs o quanto antes;
4.2. Focar
em CRIs High Yield;
4.3.
Melhorar a distribuição por CRIs (10% em um único CRI High Yield é uma
insanidade).
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 01/03/2022
5.2.
Cotação: R$ 99,52
5.3. VP:
R$ 100,73
5.4.
P/VP: 0,99x
5.4.
Contexto: Inflação elevada fez com que fundos High Yield apresentassem
rendimentos muito elevados, SELIC atingiu 2 dígitos, IPCA tem dado sinais de
arrefecimento, questão da CVM com o MXRF11 ainda não teve um desfecho, assim como
o caso de Default do CRI Calçada.
Mais uma vez obrigado Thiago! É um fundo um pouco mais arriscado, mas considero promissor. Vamos acompanhando
ResponderExcluir