1. Defeitos/riscos:
1.1. Metade
da carteira de CRI é de pulverizados (loteamento e multipropriedade), mas não
informa a razão PMT dos CRIs, impedindo o acompanhamento do risco das
operações;
1.2. Difícil
avaliar o risco de muitos CRIs, já que o fundo apresenta muitos devedores
corporativos pouco conhecidos e o RG não faz uma apresentação, nem que seja
breve, de tais devedores. Por exemplo, Dal Pozzo e Cal Viva, quarta e quinta
maior posição no momento em que escrevo, nem mesmo dando um Google consigo
achar informações sobre essas duas empresas;
1.3. (Consertaram
esse ponto, mas vou deixar aqui registrado que antigamente era assim) Tabela de
CRIs não ordenado por % do PL, dificultando a análise dos CRIs mais relevantes;
1.4. Baixa
liquidez, mas melhorando;
1.5. CRI Gafisa, tenho críticas a esse devedor, empresa meio enrolada (em recuperação), mas se trata de um fundo HY, então tudo bem;
1.6. Resultados
não recorrentes podem turbinar os rendimentos e aumentar bastante a cotação por
um curto período de tempo. Não é um defeito do fundo, mas é um risco de mercado
que o cotista deve avaliar antes de fazer a compra do ativo;
1.7.
Fazendo emissão com 10% do PL em caixa;
1.8.
Gestão Rio Bravo tem fama de fazer emissões abaixo do VP.
2.
Qualidades:
2.1. Gestão
bem ativa no giro dos CRIs, entregando mais rapidamente a inflação para os cotistas;
2.2. CRIs
indexados ao CDI com bons prêmios (CDI + 6,4%);
2.3. Dos
CRIs investidos até o último RG, apenas um não possuía alienação fiduciária
(garantia real);
2.4. Boa
diversificação de setores dos CRIs (loteamento, incorporação, multipropriedade,
varejo, logístico e shopping);
2.5. DRE
bem detalhada, segmentando os juros e correção monetária e os ganhos
recorrentes e não recorrentes;
2.6.
Fundo ainda é pequeno, então as próximas emissões podem ser muito úteis para
melhorar a diversificação dos CRIs.
3.
Compraria? Sim, a Rio Bravo tem feito um bom trabalho nesse fundo, entregando
rendimentos excelentes e com diversificação (ainda precisa melhorar). Além de
que quem investe em fundos High Yield não pode ficar rejeitando muitos fundos,
já que é essencial diversificar.
4. Dicas:
4.1. Fazer
mais comentários no início do Relatório Gerencial;
4.2.
Diluir os CRIs mais relevantes, que atualmente representam pouco menos de 10%
do PL cada um. Como o episódio no FLCR11 nos ensinou, não da pra ter uma
posição tão grande num fundo High Yield;
4.3.
Acrescentar a informação da Razão PMT para os CRIs pulverizados.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 01/03/2022
5.2.
Cotação: R$ 101,03
5.3. VP:
R$ 97,50
5.4. P/VP:
1,03x
5.4.
Contexto: Inflação elevada turbinando rendimentos dos fundos de papel, SELIC
atingiu 2 dígitos, o que tem feito com que a inflação desacelere.
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