terça-feira, 29 de março de 2022

Todo FII tem seus defeitos #89: BLCP11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Possibilidade da Siemens ter utilizado o fundo como desova do imóvel, vendendo como se tivesse intenção de permanecer no local, sendo que já tinha planos de desocupar. E como devem saber, um imóvel locado vale mais do que um imóvel desocupado. Por isso é importante que transações BTS e SLB possuam contratos fortes para evitar tais espertezas, algo que não foi feito aqui;

1.2. Custos da dívida vão aumentar bastante nos próximos meses;

1.3. São 5 imóveis, mas apenas 2 localidades;

1.4. RMG representa 25% das receitas do fundo, sendo que na primeira versão da análise era 19%, ou seja, o gestor está tendo dificuldade de preencher os locais vagos;

1.5. Os 3 galpões em Extrema são monousuários, algo que diminui o poder de barganha do proprietário e uma eventual vacância seria mais significativa para o fundo. Entretanto, Extrema tem uma grande procura por galpões;

Todo FII tem seus defeitos #88: GCRI11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Concentração em poucos CRIs, sendo que o mais relevante representa quase 20% do PL;

1.2. Mistura de CRIs Middle Risk e High Yield, atualmente está mais para um HY, mas o fundo é pequeno e pode mudar muito com uma única emissão;

1.3. Sem informação sobre Razão saldo devedor ou Razão PMT, impossibilitando o acompanhamento da saúde dos CRIs;

1.4. CRI Seed I sem garantia real, demais CRIs relevantes apresentam alienação fiduciária;

1.5. Taxa de performance desproporcional, sendo mais de 3x o valor das taxas de administração (tópico levantado na versão 1 da anállise);

1.6. Além da Correção Monetária acruada nos CRIs, o fundo fica acumulando resultado também, por exemplo, em nov/21 poderia ter distribuído R$1,54/cota mas distribuiu R$1,12.

Todo FII tem seus defeitos #87: HGIC11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Concentração elevada em poucos CRIs, com quase ¼ do fundo em apenas um CRI. Esse problema tende a diminuir com as novas emissões;

1.2. Como o fundo é muito pequeno, novas emissões podem mudar completamente a cara atual do fundo;

1.3. Taxa de performance muito pesada, além de ser 20%, a meta é muito baixa, apenas IPCA + 3%, enquanto o prêmio médio é de IPCA + 11,69%. Ou seja, sem esforço algum o gestor consegue bater a performance em 8,69%. Lembrando que o fundo tende a entregar resultados fortes principalmente por causa da assunção de risco por parte dos cotistas;

1.4. Em janeiro/22 aumentaram a posição no CRI Charme da Villa, saindo de uns 20% para 25%. Mesmo que digam que a concentração tende a se reduzir em breve, desde a primeira versão da análise (vários meses atrás) eu já chamava atenção para a concentração e o fundo foi na direção contrário, aumentando em vez de diminuir certas posições;

1.5. Rendimento bem aquém da remuneração dos CRIs devido a correção monetária estar sendo acruada;

1.6. Liquidez ruim até mesmo para investidor pessoa física;

segunda-feira, 28 de março de 2022

Todo FII tem seus defeitos #86: RBHY11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Metade da carteira de CRI é de pulverizados (loteamento e multipropriedade), mas não informa a razão PMT dos CRIs, impedindo o acompanhamento do risco das operações;

1.2. Difícil avaliar o risco de muitos CRIs, já que o fundo apresenta muitos devedores corporativos pouco conhecidos e o RG não faz uma apresentação, nem que seja breve, de tais devedores. Por exemplo, Dal Pozzo e Cal Viva, quarta e quinta maior posição no momento em que escrevo, nem mesmo dando um Google consigo achar informações sobre essas duas empresas;

1.3. (Consertaram esse ponto, mas vou deixar aqui registrado que antigamente era assim) Tabela de CRIs não ordenado por % do PL, dificultando a análise dos CRIs mais relevantes;

1.4. Baixa liquidez, mas melhorando;

1.5. CRI Gafisa, tenho críticas a esse devedor, empresa meio enrolada (em recuperação), mas se trata de um fundo HY, então tudo bem;

Todo FII tem seus defeitos #85: PATL11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Rendimento estagnado a mais de um ano, sendo que a inflação acumulada ultrapassa os 10%. Para piorar, no Relatório Gerencial de dez/21 o fundo estima que com o reajuste o rendimento vá para a casa dos R$0,58 a 0,60/cota, um aumento bem menor do que a inflação. Como a grande maioria dos contratos são atípicos esperava uma alta mais significativa, mesmo que forçada pelos contratos;

1.2. Apenas 3 imóveis por enquanto, sendo que 90% está em apenas 2 deles;

1.3. Localização deixa a desejar, principalmente o localizado no Rio de Janeiro, que é quase metade do PL;

1.4. Imóvel refrigerado é muito específico, dificultando as negociações. Entretanto, quando houve vacância conseguiram alugar pouco tempo depois;

1.5. Vencimento dos contratos 2025+ é muito vago, são apenas 3 galpões, custa nada especificar o vencimento por contrato;

Todo FII tem seus defeitos #84: MGCR11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Aquisição de outros FIIs HG, inclusive KNCR11, que tem muitos CRIs com CDI + 2% a.a. ou menos, daí você tira as taxas de 1,00% da Kinea e 0,90% da Mogno, sobra praticamente nada;

1.2. Custo de emissão extremamente caro (R$ 4,21/cota ou 4,20%), emissões caras são ruins, mas em FIIs HG são piores ainda, são necessários uns 6 meses de rendimentos regulares para pagar tais custos;

1.3. Investimento em SADI11, HGCR11, RBRR11: CRIs HIGH GRADE NÃO SUPORTAM DUAS TAXAS;

1.4. No segundo parágrafo o gestor menciona 4 CRIs em início de obras, algo que não combina muito com um FII High Grade (Observação: ponto levantado na primeira versão da análise, então não sei dizer qual o mês do RG);

1.5. Gafisa está longe de ser uma empresa High Grade, muito longe mesmo, pesquise GFSA3 no Google, expanda o gráfico e me diga se gostou do que viu. Além que os prêmios estão baixos, CDI + 3,50% para empreendimentos ainda nem iniciados, enquanto você acha CRI da mesma Gafisa por CDI + 6% em RECR11;

Todo FII tem seus defeitos #83: RBRL11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Não consegui fazer uma análise do risco de concentração no fundo, por exemplo, 1/3 do fundo é de um imóvel em Extrema, mas esse imóvel é locado para quantos inquilinos? Quanto representa o contrato mais relevante? São questões que não consigo responder pelo RG;

1.2. Pouca transparência sobre os passivos do fundo, só fui descobrir por ter despesas financeiras no DRE;

1.3. Não menciona os inquilinos;

1.4. Taxa de administração um pouco alta (1,18% a.a.), mas como a gestão é bem ativa considero ela justa;

1.5. Receita de locação apresenta uma variação bem grande, provavelmente por causa do giro de ativos;

1.6. Rendimento não é reloginho. Não considero como um defeito, mas uma característica do fundo, entretanto, acredito que para a maioria seja um defeito.

Todo FII tem seus defeitos #82: BCRI11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Mistura de High Grade, Middle Risk e High Yield, 2 dos riscos até que vai, mas os 3 em um único FII complica. No mesmo fundo temos CRIs com remuneração de CDI + 2,00%, IPCA + 7% e IGPM + 12%;

1.2. Sem informação sobre as garantias dos CRIs;

1.3. Negociado acima do Valor Patrimonial. Eu sei que não é um defeito do fundo, mas é um risco que quem está comprando tem de estar ciente;

1.4. Sem informação sobre o LTV dos CRIs;

1.5. Não informa se há Correção Monetária acruada ou resultados não distribuídos.

Todo FII tem seus defeitos #81: CPTS11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Compra relevante (248MM) do CRI da General Shopping, empresa listada em bolsa que dá prejuízo recorrentemente e criou um FII (GSFI11) excessivamente alavancado, tanto é que nunca distribuiu rendimentos, mesmo antes da pandemia;

1.2. 1/3 do PL é de FIIs, por enquanto tem feito um bom trabalho nos trades, mas pessoalmente não gosto nem um pouco de FOFs (Atualização 2ª versão: estava certo, não foi uma boa ideia ter se posicionado tanto em FIIs, o fundo estaria ganhando muito mais dinheiro em CRIs);

1.3. Não deixa claro o que é ganho de capital com CRIs e o que é correção monetária, eu chuto que a correção esteja dentro do campo ganho de capital. Atualização 2ª versão: Corrigiram esse ponto;

1.4. Esse giro tão grande de CRIs é novidade pra mim e não sei dizer se é algo sustentável (que a gestão consiga realizar por anos e anos). Atualização 2ª versão: O fundo tem conseguido manter um bom ganho de capital com CRIs, mas ainda fico com um pé atrás com essa dependência de giro de carteira;

1.5. Mesmo tendo uma carteira de CRIs pesada em IPCA e bastante giro de capital não conseguiu fazer distribuições de rendimentos relevantes mesmo com a inflação ultrapassando os 1% a.m.;

Todo FII tem seus defeitos #80: RZAK11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Ancoragem da emissão do fundo MGLG11, um fundo logístico que comprou imóveis descartados pelo BTLG11 da época em que ainda se chamava TRXL11, que fez uma gestão péssima. Além disso, quase metade da ABL está localizada no Rio de Janeiro. Ou seja, era bem previsível que seria um fundo rejeitado pelo mercado e assim foi feito, poucos meses após o IPO o fundo é negociado pela metade do valor de IPO;

1.2. Para terem uma ideia do desastre que foi a compra mencionada no item acima, em agosto/2021 o fundo tinha investido 20MM em MGLG11, já em janeiro o valor marcado na tabela de ativos era de 10MM;

1.3. Necessita melhorar a diversificação do portfólio, pois este é um fundo High Yield e conta com várias posições acima ou próximas de 10%. E como ficou claro com o episódio do CRI Vogue no fundo FLCR11, concentração em FIIs de papel High Yield é um desastre;

1.4. Compra de outros FIIs da casa, como RZTR11 e ARCT11, provavelmente para melhorar a cotação de tais fundos e facilitar emissões;