segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #30: BTLG11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Fez emissão 400 em um fundo com mais de 100 mil cotistas, o que é uma baita sacanagem;

1.2. Taxa de emissão cara (3,72%);

1.3. Negociado a P/VP elevado, mas nada assustador e deve cair com a conclusão dos projetos de desenvolvimento;

1.4. Fez queima de caixa para impulsionar emissão.

Todo FII tem seus defeitos #29: VGIR11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Taxa de performance de 20% é alta e possui um benchmark extremamente fácil de ser batido (100% do CDI), de forma que a Taxa de Performance é praticamente uma segunda Taxa de Administração;

1.2. CDI é manipulado pelo governo;

1.3. Mistura com CRIs IPCA, OK, tais CRIs tem bons Yields, mas FIIs com uma carteira que mistura índices já está cheio no mercado, acredito que o principal atrativo do VGIR11 seja a grande concentração em CDI;

1.4. CRIs com prêmios ridículos, como o CRI da Direcional pagando 104% do CDI, que representa 5,39% do PL. Aproximadamente 15% do PL estava em CRIs com prêmios medíocres na primeira versão dessa análise;

1.5. CRI Aliansce 145S com remuneração de 99% do CDI, sendo que nós investidores podemos conseguir facilmente LCI com 100% do CDI com proteção do FGC. E como as taxas do fundo são aproximadamente 1,92% a.a., significa que esse CRI em questão rende CDI - 1,92%;

Todo FII tem seus defeitos #28: RECX11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Gestão REC tem histórico de fazer emissões abaixo do Valor Patrimonial, inclusive recentemente tentou fazer uma em seu fundo de logística (RELG11) que causou um grande alvoroço nos fóruns;

1.2. Baixa liquidez;

1.3. Fundo extremamente pequeno, logo pode aumentar muito de tamanho em novas emissões e diluir boas posições ou alterar drasticamente a carteira;

1.4. Muitos FIIs (DEVA11, VSLH11, MFII11) da carteira estavam sendo negociados com muito ágio na época em que o fundo veio a mercado;

1.5. Não informa se tem lucros retidos a distribuir e nem o lucro não realizado;

domingo, 9 de janeiro de 2022

Breve resumo das estratégias de Trades em emissões

Pré-arbitragem: Pessoa que já possui cotas do FII e vende (completamente ou parcialmente) antes da Data-Com Direitos de Subscrição.

Racional: Geralmente essa pessoa acredita que o fundo vai cair além do ajuste da emissão. Outro motivo é que com essa estratégia o investidor pode usufruir 100% dos rendimentos.

Exemplo: Quem vendeu IRDM11 em 16/07 (+/- R$127,00) conseguiu recomprar hoje (19/07) as cotas vendidas com o desconte do ajuste da emissão + um desconto de 2 a 2,5% (+/-R$120,00).

Minha avaliação: Vantajoso caso não haja fase de sobras na emissão ou você não queira subscrever sobras e montante adicional. Ou caso vc acredite que a cotação vá sofrer bastante, o que é muito comum quando a proporção de emissão é elevada, o que é o caso do URPR11 (100%).

Como analisar um FII de papel

1. Características básicas que você deve identificar

1.1. Tipo:

1.1.1. Corporativo: Verifique o segmento financiado e o tamanho das empresas

1.1.2. Pulverizado: Verifique a porcentagem por subordinação (Sênior / Mezanino / Subordinada); a porcentagem de projetos performados ou em desenvolvimento; a porcentagem em loteamento ou Multipropriedade.

1.2. Indexador:

1.2.1. Inflação: rendimento imprevisível (da para se estimar o mínimo), mas ao menos vc tem uma rentabilidade acima da inflação

1.2.2. CDI: rendimentos bem mais constantes e previsíveis, no entanto, você corre o risco de obter uma rentabilidade líquida negativa

1.2.3. Mix: Mistura Inflação e CDI

1.3. Risco/remuneração:

1.3.1. High Grade: CRIs corporativos de empresas grandes e famosas, principal garantia é o baixo risco de crédito da empresa

1.3.2. Middle Risk: CRIs corporativos de empresas médias, geralmente pouco conhecidas. Por não ter um risco de crédito tão bom, ter garantias reais é imprescindível.

1.3.3. High Yield: CRIs pulverizados ou CRIs corporativos de empresas pequenas. Risco de crédito bem inferior aos 2 acima, mas apresentam o maior pacote de garantias

2. Verificar se as taxas de administração são condizentes. Para FIIs CRI pulverizado acredito que até uns 1,20% a.a. esteja bom, para FIIs middle risk até 1,00% a.a. e para FIIs High Grade entre 0,6% a.a. e 0,80% a.a., se os prêmios dos CRIs forem muito baixos não dá para ter uma taxa de ADM elevada.

Como analisar um FOF

 Sei que você já ouviu por aí que FOF é uma ótima opção para iniciantes, mas discordo disso, tem que ter bastante experiência no mercado para identificar o momento correto de comprar um FOF e terceirizar o aproveitamento da onda de alta. Além de que você precisa ser capaz de analisar a carteira do mesmo, ao menos por alto, caso contrário, você estará dando um tiro no escuro e confiando cegamento seu dinheiro para um terceiro.

A seguir alguns pontos que você deve levar em consideração antes de comprar um FOF:

1. Possui posição relevante em KNCR11 ou SADI11? Critério eliminatório, ambos os FIIs possuem prêmios ridículos de CDI + 1 a 2%, tendo alguns casos com prêmios inferiores a 1%. Daí após 2 taxas de administração de 1,00% cada sobra quase nada para o cotista.

2. Quantidade relevante de FIIs de Papel High Grade: Sinal vermelho, a manutenção desse tipo de FII na carteira por muito tempo acaba machucando muito as distribuições.

domingo, 12 de dezembro de 2021

Venda de PUT especulativa

 Hoje vou trazer um exemplo real de outra estratégia, a Venda de PUT especulativa.

No início de novembro (09/11/21) identifiquei que o mercado estava precificando erroneamente PETR4, que em menos de um mês teria Data Com (01/12) de um dividendo de mais de 10%. Como estava com o caixa esgotado, decidi fazer o lançamento (venda) de opções PUT de PETR4 para depois da Data Com (17/12), já prevendo que nas proximidades do 01/12 as cotações iriam subir bastante e poderia recomprar as opções com um bom lucro. Dito e feito, a seguir as operações realizadas:

09/11: Venda de 100 opções PETRX303 a R$3,05

01/12: Recompra das 100 PETRX303 a R$0,59


Fonte: Arquivo pessoal

Alavancado com inteligência

Hoje vou compartilhar com vocês uma estratégia utilizando opções que me deu muitas alegrias alguns meses atrás (a Clear não permite mais) e tenho 100% de acerto até o momento.

Se trata da Venda de PUT longa. Nessa estratégia você faz a venda de PUTs com vencimentos superiores a 1 ano em ativos que você gosta, a um preço que você considera adequado e em quantidade que você possa aguentar pagar caso a situação se complique.


Conhecimentos necessários:

- Funcionamento de opções;

- Já ter operado vendido;

- Deságio de Garantia;

- Funcionamento das gregas, apenas recomendável e não é necessário um conhecimento profundo, apenas o básico.

ECONOMIA AVANÇADA PARA SARDINHAS #3 Porque o aumento da Taxa SELIC reduz a inflação

- Com o aumento dos juros as pessoas poupam mais e gastam menos. Quando os juros estão baixos as pessoas pensam: “Por que iria poupar com juros de 2%?”

- Queda do dólar. Pode parecer estranho falar isso com a cotação atual do dólar, mas se não fossem as altas recentes da SELIC o dólar já teria ultrapassado os R$ 6,00 facilmente. Essa queda acontece porque fica mais interessante para os estrangeiros comprarem dívida brasileira, o que aumenta a entrada de dólares, ou seja, pessoas vendendo dólar para comprar real (pressão na ponta vendedora do dólar);

- Encarece o crédito, reduzindo o consumo/demanda, ou seja, diminuindo a atividade econômico. Por isso políticos relutam tanto em fazer aumentos na SELIC;

- Reduz a base monetária, já que bancos emprestam menos (bancos multiplicam dinheiro do nada). Procure o Canal do Youtube do Fernando Ulrich para saber mais sobre Moedas fiduciárias.

ECONOMIA AVANÇADA PARA SARDINHAS #2 Marcação a Mercado

Como é de praxe nessa série, utilizarei um exemplo absurdo para que fique mais claro o entendimento.

Parte 1: Exemplo queda das Taxas de Juros

Estamos em jan/21, compramos R$100 em dívida da empresa X com uma taxa de juros Pré-Fixada de 10% a.a. Passado um ano os nossos R$100 agora são R$110, entretanto, as condições de mercado para a empresa X mudaram para melhor e agora ela consegue lançar dívida a 5% a.a.

Diante desse novo cenário podemos vender o nosso ativo por R$220, que seria o valor equivalente para gerar a Taxa de Juros de 5% a.a. que o mercado está disposto a pagar.