Fundos envolvidos: Fundos da Hectare e Devant
Breve descrição: Como o próprio nome diz, se trata de um loteamento no estado de Goiás, mas desde muito antes já me trazia estranheza não conter o nome do incorporador. E posteriormente vim a descobrir o provável motivo da omissão do nome da loteadora: circula nas mídias sociais que uma das sócias do grupo RTSC, que é a Holding proprietária das gestoras Devant e Hectare, possui participação nesse loteamento, o que implica em conflitos de interesses e explica muito do que aconteceu nas negociações quando o CRI passou por estresse.
O que
aconteceu: Originalmente esse CRI possuía indexação ao IGPM, o que ajuda a
explicar os desenquadramentos das razões de garantia, vide que o IGPM chegou a
rondar a casa dos 20 a 30% a.a. por bastante tempo, o que fez aumentar muito o
saldo devedor do CRI. Ademais, durante essa época foi muito comum os
incorporadores não repassarem toda a inflação para os devedores pessoa física,
sob pena de aumentar muito os distratos, o que iria comprometer ainda mais a
situação da empresa.
Durante muitos meses o CRI ficou com Razão PMT
desenquadrada, o que já indicava que a operação não estava muito bem.
Fonte: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=405488