1. Defeitos:
1.1.
Taxas ADM (1,5% a.a.) e performance (30% do que exceder o CDI) abusivas,
chegaram a consumir mais de 30% da receita em 2020;
1.2. Emissões
não privilegiam o cotista atual: abaixo do VP, emissão 400, custos altos...;
1.3. TIR baixa (entre 18% e 20%), se comparada com outros projetos de desenvolvimento residencial;
1.4. Pouca transparência no cálculo do VP, ocorrendo aumentos expressivos inesperados que geram muito dinheiro para o gestor na forma de Taxa de Performance
Movimentação esquisita do VP Fonte: Funds Explorer |
1.5. Não é um defeito, mas uma caraterística do segmento, mas é bom relembrar: desenvolvimento você tem 0 garantias. Se o empreendimento da errado, você toma prejuízo ou fica com uma TIR bem abaixo da esperada;
1.6. TGAR11 não é um fundo assim tão novinho e até agora não vimos a "Curva em J" típica de projetos de desenvolvimento
Curva J de fundos de desenvolvimento Fonte: Relatório Gerencial TORD11 |
1.7.
Emissões diluem projetos maduros, já que os novos projetos geralmente estão em
fases iniciais (menos caixa entrando), reduzindo os rendimentos;
1.8. Aumento
dos custos de construção podem diminuir a TIR dos projetos em desenvolvimento;
1.9. Pouca
"concorrência" no segmento de desenvolvimento, o que dificulta a
migração por parte dos cotistas e a gestão fica mais a vontade para propor
emissões indecentes;
1.10. Gestor pode ficar acumulando lucro nas SPEs, aumentando o VP do fundo e consequentemente sua remuneração.
2. Qualidades:
2.1.
Carteira muito diversificada, com mais de uma centena de ativos;
2.2.
Setor de atuação, loteamentos, é resiliente e com baixa inadimplência;
2.3.
Alocação não é a jato, mas também não é lenta;
2.4. Mercado
de loteamentos é muito fragmentado, o que oferece várias oportunidades;
2.5. Relatório
Gerencial bem completo;
2.6. Administrador
Vórtx.
3.
Compraria? Não, a relação risco x retorno não é atrativa para mim. TGAR11 é um
fundo de desenvolvimento, mas nunca apresentou resultados típicos desse
segmento (Curva J), além de ter já demonstrado que os gestores não são nem um
pouco pró-cotistas.
4. Dicas:
4.1.
Diminuir o peso da Taxa de Performance, 30% é muita coisa;
4.2.
Fazer emissões para a própria base e com custos baixos;
4.3. Procurar
projetos com T.I.R. dignas de projetos de desenvolvimento.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 15/11/2021
5.2.
Cotação: R$115,47
5.3. VP:
R$129,24
5.4.
P/VP: 0,89x
5.4.
Contexto: Inflação completamente fora de controle, fundos de papel pagando
super bem, MFII11 sendo investigado por inflar o Valor Patrimonial, recessão a
vista, custos de construção disparando.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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