domingo, 21 de novembro de 2021

Todo FII tem seus defeitos #7: IRDM11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Fundo de papel com ágio extremamente alto (risco de mercado), já caiu bastante, mas ainda tem espaço para mais quedas;

1.2. Fundo bilionário, logo reduzir PM fica difícil, devido a fator de preferência baixo em emissões;

1.3. Parte relevante das receitas vem de ganho de capital (renda não recorrente), o que pressiona os gestores a terem que “matar um leão” todos os meses;

1.4. Fundos HY perderam o ágio, dificultando os ganhos via arbitragem;

1.5. Possibilidade de se operar vendido pode acelerar uma correção da cota no secundário (risco de mercado);

1.6. As galinhas dos ovos de ouro do fundo (HCTR11 e DEVA11) já estão bem grandinhos, dificultando a manipulação do preço desses ativos, ainda manipula, mas não como antes;

1.7. Possui alguns investimentos que deram errado no portfólio e não podem vender, sob pena de redução dos rendimentos. Tais investimentos têm sido diluídos pelas múltiplas emissões;

1.8. Mudança na curva de juros pode atrapalhar a estratégia de trade de CRIs;

1.9. Administrador BTG, o que obriga o fundo a ter que ficar fazendo giro de CRIs para poder distribuir a Correção Monetária;

1.10. Quase 1/3 do fundo é composto por FIIs, ou seja, com o mercado em baixa o ganho de capital cai expressivamente e sobra a dupla taxação.

 

2. Qualidades:

2.1. Indiscutível habilidade dos gestores em gerar ganho de capital;

2.2. Fundo pioneiro, ancorou vários fundos que hoje são bem conhecidos, o que traz boa visibilidade ao fundo;

2.3. RG fornece informações completas sobre os trades realizados. No entanto, isso pode ser um risco também, já que os outros agentes do mercado conseguem analisar o histórico de suas movimentações e prever o que o fundo vai fazer;

2.4. Mostrou-se muito eficaz nos trades de CRIs também;

2.5. Fundo queridinho dos cotistas e que recebe muita atenção da mídia, então em momentos de otimismo pode subir expressivamente, o que é bem interessante para pessoas interessadas em Trades;

2.6. Gestão pró-cotista;

2.7. Não possui Taxa de Performance;

2.8. Carteira de CRIs bem diversificada, com pouca concentração;

2.9. Taxa Média pouco inferior a de FIIs High Yield, mas taxa de ADM baixa (1% a.a.).

 

 3. Compraria? Não, o gestor pode ser muito bom, mas isso não é o suficiente para me fazer comprar fundo de papel com muito ágio.

 

4. Dicas:

4.1. Deixar as cotações dos fundos da Hectare darem uma respirada e dar um toque nos gestores para diversificar tais fundos.

 

5. Dados:

5.1. Data da análise: 15/11/2021

5.2. Cotação: R$107,31

5.3. VP: R$96,93

5.4. P/VP: 1,10x

5.4. Contexto: Dificuldade de se conseguir lucro fácil via arbitragem, fundos High Yield pagando rendimentos gordos devido a inflação elevada, receio quanto aos CRIs de Multipropriedade

 

Observações:

- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista

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