1. Defeitos/riscos:
1.1. Distribuía
mais de R$0,68/cota no começo de 2019 e 3 anos depois está distribuindo
R$0,64/cota. Uma das possíveis causas é a compra de imóveis com Cap Rates
baixos e os projetos em desenvolvimento;
1.2.
Rápido ciclo imobiliário dos galpões logísticos, observem que o galpão em
desenvolvimento em Extrema tem previsão de construção de apenas 1 ano e meio;
1.3. Salto
de mais de 10% no VP em 2019, sem contrapartida aparente nos aluguéis: VP
aumentou, distribuição diminuiu. Dizer que os imóveis valorizaram é fácil,
quero ver aumentar o aluguel;
1.4. Vacância
alta (10%) persistente a vários meses;
1.5. RMGs se encerrando no início de 2022;
1.6.
Alavancagem muito baixa;
1.7.
Quase todos os imóveis locados para um único inquilino, o que diminui o poder
de negociação frente aos locatários e dificulta conseguir reajustes acima da
inflação.
2.
Qualidades:
2.1. Taxa
de gestão decrescente, e pelo tamanho do fundo já deve estar na faixa menos
onerosa para o cotista;
2.2.
Fundo bilionário, logo pode manter dinheiro em caixa para compras sem machucar
a distribuição;
2.3.
Possui projetos de desenvolvimento relevantes, algo muito importante em um
mercado com imóveis extremamente caros;
2.4.
Maior parte dos contratos atípicos é no galpão multimodal em Pernambuco, o que
reduz bastante o fumo ao final do contrato;
2.5.
Baixa concentração por imóvel/inquilino;
2.6. Fundo
com grande exposição a mídia, ampla base de cotistas e poder de difusão da XP,
então é um excelente ativo para quem quer especular altas;
2.7.
Muitos dos imóveis são locados para empresas que operam e-commerce, que
demandam galpões mais modernos;
2.8. Boa
parte da vacância se encontra em Cajamar, cidade com grande procura por
galpões, mas uma potencial ocupação não irá trazer aumento da renda, já que a
vacância conta com RMG;
2.9.
Inquilinos com bom perfil de crédito.
3.
Compraria? Sim, mas somente para especular, acredito que há fundos tão bons
quanto mais baratos.
4. Dicas:
4.1. Aumentar
a alavancagem do fundo caso as taxas de empréstimo estejam atrativas;
4.2.
Desconsiderar a porcentagem em carteira alocada em FIIs, já que se trata de um
fundo exclusivo para o XPLG11.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 25/12/2021
5.2.
Cotação: 97,04
5.3. VP:
R$ 105,88
5.4.
P/VP: 0,91x
5.4.
Contexto: Otimismo com fundos logísticos segue de pé, mesmo com uma queda
relevante das cotas de fundos de tijolos.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
Não entendi os pontos 1.7 e 2.5, me parecem contrários.
ResponderExcluirPode explicar melhor?
Fernando,
ExcluirNo item 2.5 eu estou dizendo que não há um inquilino ou imóvel que seja muito representativo no Patrimônio Líquido. Por exemplo, ocupando uns 30% do PL.
No item 1.7 eu me referia ao fato de ter muitos imóveis com apenas um inquilino dentro, algo que da mais poder ao inquilino, pois caso ele desocupe, a vacância do imóvel vai para 100%.
Para entender melhor sugiro que estude as 5 forças de Porter.