1. Defeitos/riscos:
1.1.
Devedor não pagar mensalmente a correção monetária (CM) 1: dividir o saldo
acumulado com novas cotas em emissões;
1.2.
Devedor não pagar mensalmente a correção monetária (CM) 2: aumenta o risco, uma
vez que se houver default o investidor só terá recebido os juros até o momento;
1.3.
Devedor não pagar mensalmente a correção monetária (CM) 3: Impossibilita
conhecer verdadeiramente a capacidade do devedor pagar sua dívida, pois pagar
somente o juros é moleza, quero ver é pagar juros + correção monetária +
amortização todo mês;
1.4.
Administrador (CM Capital Markets) pouco conhecido, não sei dizer se envia
direitinho o informe de rendimento ou se tem um bom suporte;
1.5. Taxa de performance sobre CDI, que frequentemente é manipulada para baixo;
1.6.
Muitos projetos com obras em fases iniciais ou intermediárias e tivemos um
grande aumento dos custos de construção e os CRIs não possuem fundos de obra
(ao menos não consta nas garantias do RG);
1.7. Incorporação
vertical não possui TIR (Taxa Interna de Retorno) tão elevadas como as de
loteamento (até 30% a.a.) e multipropriedade (+30% a.a.). E as taxas dos CRIs
são bem elevadas (12 a 14% + IPCA), o que teoricamente comprime bastante a
rentabilidade do incorporador;
1.8.
Baixa liquidez no mercado secundário;
1.9. Concentração
no Rio Grande do Sul, estado onde o governo estadual está quebrado;
1.10. Construtoras
adoram se alavancar e há muitos casos de empresas que quebraram, principalmente
entre as pequenas, que é o foco desse fundo. Entretanto, acredito que a
remuneração desse fundo seja adequada para o risco.
2.
Qualidades:
2.1.
Prêmios com taxas excelentes (superiores a 13%);
2.2. Paga
bons prêmios e não é Multipropriedade, ou seja, uma forma de diversificação
High Yield;
2.3. Imóveis
em cidades relevantes;
2.4. LTVs
(Loan to Value) baixos;
2.5. RG
detalha bem as operações, mas deixa a desejar ao não colocar uma tabela
resumindo as informações.
2.6. Taxa
de Administração barata (1% a.a.), apesar de que a Taxa de Performance seja um
pouco cara (20% do que superar 110% do CDI);
2.7. Deixa
explícito o saldo de Correção Monetária acruada;
3.
Compraria? Sim, excelente fundo para se diversificar e manter uma boa
remuneração.
4. Dicas:
4.1. Acrescentar
uma tabela resumindo as informações dos CRIs (%, vencimento, taxas, LTV, etc.);
4.2. Antes
de lançar emissões tentar reduzir o saldo de CM acruada, para que tal valor não
seja diluído pelas novas cotas e a emissão saia mais barata para o cotista;
4.3.
Informar se os CRIs contam com fundo de obras.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 28/11/2021
5.2.
Cotação: R$ 103,15
5.3. VP:
R$ 102,29
5.4.
P/VP: 0,99x
5.4.
Contexto: Custos de construção subindo muito, inflação de 2 dígitos e risco de
recessão.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
👍🏼👍🏼
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