1. Defeitos/riscos:
1.1.
Taxas ADM devoram entre 20 e 30% das receitas, acho que é a taxa de gestão mais
cara do segmento;
1.2.
Reajuste do VP exagerado no final de 2019, saiu de R$103,80 para R$121,40,
alguns gestores fazem isso para aumentar sua taxa de gestão, mas no VISC11 a
taxa é sobre valor de mercado. Mesmo assim acredito que o reajuste foi para o
FII não ficar com um P/VP tão alto e dar uma maior sustentação ao valor de
mercado;
1.3. Como
consequência do item anterior, no patamar de VP atual fica difícil para a
gestão fazer uma nova emissão. Então acredito que em breve vem um reajuste (pra
baixo) do VP bem relevante, para a gestão poder fazer emissão no VP ou em linha
com o VP, quando a pandemia passar. Atualização: estava enganado, a gestão
simplesmente fez emissões abaixo do VP na cara dura;
1.4.
Ameaça do e-commerce, apesar de que acredito que o impacto será limitado, o
comércio online vai ser predominante em alguns setores, como por exemplo,
eletrônicos, mas isso já vinha de algum tempo já. Agora certos comércios
continuaram demandando espaço, por exemplo, roupas e calçados, muitos gostam de
experimentar antes de comprar e outros se divertem no processo. Além de que o
serviço possa vir a ocupar tais espaços, mas de qualquer forma, a competição
por tais espaços será menor;
1.5. Competição menor pelos espaços vai levar a uma queda do aluguel;
1.6. Num
passado não muito distante a gestão vendeu bons shoppings para cumprir
promessas de distribuição de rendimentos e recuperar taxas de gestão que
abriram mão, por não estarem atingindo tais metas;
1.7.
Shoppings bons são super disputados e caros, logo, é comum "abaixarem o
nível" em novas emissões;
1.8. Não
sei como está hoje, mas há um tempo atrás a alocação era bem lenta;
1.9. 7ª
emissão do fundo foi bem abaixo do VP (R$106,19 x R$119,30) e acima do preço de
mercado, que na época estava entre R$100 e 102, ou seja, completamente
desinteressante para os cotistas, que pouco aderiram a emissão;
1.10. Há relatos
de que os imóveis comprados da Ancar são de qualidade inferior ao portfólio
original do fundo;
1.11.
Quanto ao portfólio do fundo: não são Tops como o do HGBS11, mas também não
deixam a desejar.
2.
Qualidades:
2.1. Vacância
baixa em "tempos normais";
2.2. Grande
barreira de entrada para novos entrantes no mercado de shoppings, uma vez que
tais empreendimentos requerem grandes terrenos vagos bem localizados, algo
extremamente escasso;
2.3.
Costume do brasileiro de frequentar shopping como diversão;
2.4. FII
de shopping mais popular/famoso do mercado;
2.5. Utilização
de alavancagem;
2.6. Shopping
não é só comércio, tem muito serviço (salão de beleza, academia...), que por
razões óbvias não é afetado pelo e-commerce;
2.7.
Relatório Gerencial muito completo;
2.8. O
rendimento atual ainda é afetado por descontos, que devem cessar muito em
breve;
2.9. Boa
distribuição entre os shoppings.
3.
Compraria? Foi um dos meus primeiros FIIs, mas quando percebi a quantidade de
dinheiro que ia para as mãos da gestora eu dei no pé.
4. Dicas:
4.1. Ajustar
esse VP, está muito esquisito.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 21/11/2021
5.2.
Cotação: R$97,00
5.3. VP:
R$116,50
5.4.
P/VP: 0,83x
5.4.
Contexto: Shoppings abertos em tempo integral e lotados. Porém, há uma preocupação
quanto a uma recessão no próximo ano.
Observações:
Nenhum comentário:
Postar um comentário