Fundos envolvidos: RECR11
Breve descrição: CRI com risco corporativo para financiar a aquisição do imóvel Morumbi Plaza pela Li Investimentos Imobiliários S.A.
O que
aconteceu: Conforme mencionado pelo gestor Moise em Live para o Baroni, o
CRI foi idealizado para contar não apenas com a alienação fiduciária do imóvel,
mas também com a cessão de recebíveis do aluguel de um inquilino que tinha
intenção de ocupar o imóvel. No entanto, pouco tempo depois a pandemia teve
início, fazendo com que esse possível inquilino desistisse e desde então não
conseguissem mais alugar o prédio. Essa história pode ser conferida no link
abaixo, já no momento exato:
https://www.youtube.com/live/21-kw-v4KB8?feature=share&t=1530
Com a situação delicada, alguns covenants deixaram
de ser cumpridos e a gestora pode declarar o Vencimento Antecipado do CRI,
conforme pode ser visto no Fato Relevante da época:
Fonte: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=3989
Como a devedora não tinha condições de recomprar a
dívida, a gestão prosseguiu com a alienação da laje corporativa. E surpreendentemente
a alienação do imóvel aconteceu rapidamente, sendo que o primeiro Fato
Relevante saiu em fevereiro/2022 e a Dação de pagamento através do imóvel aconteceu
em abril, o que não é o padrão (tais litígios geralmente levam anos).
Concluída a alienação, o desafio agora é a venda ou
locação do imóvel, o que não será tarefa fácil, já que se trata de um ativo
antigo (20 anos), em uma região (Chucri Zaidan) de alta vacância (acima de 30%)
e em um mercado assombrado pelo Home Office. No entanto, a gestão argumenta que
a imóvel retomado tem valor superior a dívida, conforme uma avaliação realizada
em 2022.
A seguir disponibilizo alguns prints sobre o estudo
mencionado acima e um vídeo do Canal Lucas FIIs, onde ele traz mais informações
do mesmo estudo.
Fonte: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=443189
Fonte: https://youtu.be/18Xzsi4oVjo
Perspectivas
futuras: Mercado de Lajes Corporativas segue pressionado pelo Home Office e
empresas buscando enxugar custos, o que se reflete em vacância muito elevada,
principalmente na região em que se encontra imóvel, como foi mostrado
anteriormente.
A situação difícil na região e o alto LTV no
momento da alienação do imóvel me fazem crer que o Morumbi Plaza vá ficar
muitos anos no patrimônio de RECR11, a não ser que a gestão venda o ativo no
prejuízo, o que não seria de todo ruim, uma vez que do jeito que se encontra hoje
(completamente vago), o imóvel representa apenas custos para o fundo.
Fonte: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=457947
Identificação do CRI: 20B0849635
Links:
Fato relevante: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=398983
Relatório Gerencial no mês da Dação de pagamento: https://fnet.bmfbovespa.com.br/fnet/publico/exibirDocumento?id=443189
Notícia sobre o caso: https://www.clubefiinews.com.br/recebiveis-imobiliarios/recr11-recebe-imoveis-como-quitacao-de-divida-de-r$-751-milhoes-em-titulos-de-credito
Resumiu bem a história, eu acompanhei um pouco essa movimentação, o gestor do RECR me parece ser muito bom, depois desses fatos aumentei minha posição neste FII, aproveitando a queda.
ResponderExcluirGestor fez o possível, mas a situação do imóvel não é das melhores
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