1. Defeitos/riscos:
1.1. Rendimentos
do 1S22 não refletiram a inflação da época, mesmo com uma posição expressiva em
CRIs e fundos de papel
1.2. Não
cobra Taxa de Administração sobre MCHY11, mas cobra sobre os demais fundos da
casa investidos pelo MCHF11, como Mauá Properties, MMDP11 e Mauá Renda Urbana
1.3. Logo
após o IPO o fundo comprou quase 90% do PL em MCHY11, ou seja, utilizou o
dinheiro captado em MCHF11 única e exclusivamente para ancorar um fundo da
casa. Atualmente MCHY11 representa 1/3 do fundo, mas achei importante contar
como foi a origem de MCHF11;
1.4. MCHY11 é um fundo High Yield um pouco esquisito, possui uma Taxa Média boa (IPCA + 12%), mas em sua carteira mistura ativos com remuneração IPCA + 7% com outros pagando IPCA + 26%
1.5. Emissões
com taxas caríssimas, na 2 ª emissão o custo foi de 3,70%. A 3ª deve ser algo
similar, já que também é uma oferta 400 cujo coordenador líder é a XP;
1.6.
Preço da terceira emissão (R$10,00) acima do preço no secundário (R$9,87 e a
pouco tempo estava em R$9,60), além de que o mercado ainda não está muito
favorável para novas emissões em FOFs/Hedge Funds;
1.7.
Carteira de CRIs se encontra concentrada em poucos ativos, sendo 12,3% no CRI
Business Parl e 8,9% no CRI Maiojama;
1.8. Possui fundos de papel High Grade (VRTA11, HGCR11, MCCI11 e KNSC11) em carteira, que sofrem mais com a dupla taxação;
1.9. Como
apenas 25% do PL está em FIIs Líquidos (e não pretendem aumentar) e a
porcentagem em fundos em desenvolvimento é pequena, podemos inferir que o foco
do fundo seja renda. Esse ponto está mais para uma característica do que um
defeito do fundo, mas como muitos que investem em FOFs / Hedge Funds buscam
terceirizar o ganho de capital achei mais adequado colocar nessa seção
1.10.
Ganho de capital na DRE pode confundir cotistas mais inexperientes, pois grande
parte desse ganho tem sido via amortização ou giro de CRIs para destravar
correção monetária, ao invés do giro de FIIs
2.
Qualidades:
2.1. MCHY11
é negociado com bastante ágio, algo que pode dar bastante lucro ao MCHF11, caso
o primeiro melhore sua liquidez e o segundo tenha intenção de realizar vendas;
2.2. Tem
investido em operações que cotistas PF não teriam acesso
2.3.
Declararam que o Target em fundos líquidos (FIIs listados) é de 25%, isso é um
sinal de que realmente possuem intenção de fazer algo diferente em MCHF11
2.4. Muitos
CRIs com originação própria, ou seja, o gestor tem mais conhecimento sobre a
operação;
2.5. Detalhamento
dos fundos investidos que não possuem relatório gerencial, algo básico, mas que
muitos FOFs não fazem;
2.6.
Gosto muito do gráfico de histórico por alocação
3.
Compraria? Sim, inclusive já tive em carteira, mas vendi por perder a paciência
com os rendimentos que não saiam do lugar mesmo com inflação nas alturas. Até
que se divulgassem se estavam fazendo reserva de lucros dava para segurar.
Apesar dos vários pontos negativos levantados não é um fundo de todo ruim,
talvez volte a comprar novamente.
4. Dicas:
4.1. Dar
uma acalmada no lançamento de emissões;
4.2.
Tentar aumentar a liquidez em MCHY11 para conseguir despejar algumas cotas com
lucro;
4.3.
Informar a quantidade em reserva de lucros.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 10/09/2022
5.2.
Cotação: R$ 9,79
5.3. VP:
R$ 9,57
5.4.
P/VP: 1,02x
5.4.
Contexto: SELIC em 13,75%, deflação em julho e agosto, fundos de tijolos e FOFs
subindo forte devido a expectativa de fim do ciclo de aumento de juros e muitos
FIIs de papel caindo por causa da queda nas rendas (impactadas pela deflação).
Top demais, parabéns.
ResponderExcluir