1. Defeitos/riscos:
1.1. Problema
com a CVM
1.1.1. CVM
alega que o fundo possui prejuízos acumulados e seguiu distribuindo rendimentos
normalmente;
1.1.2. As
estimativas são de que caso o fundo seja punido fique aproximadamente 3 meses
sem distribuir rendimentos;
1.1.3. O
rolo pode vir a envolver a Receita Federal, já que a CVM alega que alguns dos
rendimentos deveriam ter sido considerados amortização, o que aumentaria a base
de tributação das cotas vendidas;
1.1.4. A
discussão com a CVM vinha desde meados de 2021, ou seja, esconderam as
discussões por mais de 6 meses;
1.1.5.
Cotistas ficaram sabendo do caso através do Tetzner, não pelo fundo.
1.2. Alto
custo de emissão, mesmo sendo o FII com a maior base de cotistas (meio milhão
de investidores);
1.3.
Possui alguns CRIs de empréstimo de pai pra filho (CDI + 1,30%, CDI + 1,50%);
1.4.
Mistura High Grade (CRIs construtoras AAA), Middle Risk e High Yield
(permutas);
1.5. Alocação lenta;
1.6.
Rendimentos não decolaram durante a fase de inflação fora de controle, mesmo
com metade do fundo sendo indexado ao IPCA;
1.7. Permuta
financeira: adquiri o terreno e outra empresa faz o desenvolvimento, ou seja, o
risco é bem próximo de um desenvolvimento. No entanto, não considero a TIR
(INCC + 12,72%) adequada para o risco;
1.8.
Permuta financeira não apresenta as mesmas garantias de um CRI e não apresenta
uma rentabilidade superior a de CRIs financiando o desenvolvimento de imóveis
verticais, como os encontrados em URPR11 e AFCR11;
1.8.
Permuta financeira não proporciona um rendimento regular, sendo a maioria
concentrada ao final da obra, que demora mais de 3 anos;
1.10. Investimentos
em permuta financeira estão bem no início das obras, ou seja, vai demorar para
gerar algum retorno para os investidores;
1.11. Diz
que as posições em FIIs são táticas, mas não é isso que parece, já que a quase
totalidade são FIIs com liquidez quase zero.
2.
Qualidades:
2.1. Sem
taxa de performance e taxa de administração baixa, o que resulta em
Despesas/Receitas próximo de 10%;
2.2.
Lixos do XPGA11 estão diluídos na carteira de CRIs;
2.3. A
maior posição de um único CRI é de 3,50%;
2.4. Não
escondeu os CRIs que deram errado, apesar de ter escondido as discussões com a
CVM;
2.5.
Maioria dos CRIs com alienação fiduciária;
2.6. Bom
detalhamento a respeito das permutas financeiras;
2.7. Ruídos
dos problemas com a CVM podem gerar volatilidade e bons trades;
2.8.
Estabilidade do VP.
3.
Compraria? Não, não vejo motivos para entrar em um fundo com problemas com a
CVM sendo que há tantos por aí com melhores rendimentos e sem rolos.
4. Dicas:
4.1. Trazer
um Guidance sobre a porcentagem alvo em Permuta. Edit: trouxe no corpo do texto
inicial do Relatório Gerencial mais recente, mas acredito que essa seja uma
informação relevante que merece espaço permanente do RG;
4.2.
Acrescentar o LTV na tabela de CRIs;
4.3. Não
misturar a Taxa Média das permutas com a dos CRIs indexados ao IPCA.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 20/02/2022
5.2.
Cotação: R$ 9,37
5.3. VP:
R$ 10,27
5.4.
P/VP: 0,91
5.4. Contexto: IPCA elevado fazendo com que até CRIs High Grade apresentem rendimentos superiores a 1% a.m. e situação do fundo com a CVM ainda é uma incógnita.
Análise como essa, ajuda mta gente. Show!
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