1. Defeitos/riscos:
1.1. Taxa
de administração sem o desconto é bem salgada (1,25% a.a.);
1.2.
Fazer alavancagem sem a cobertura de Contratos Atípicos é bem imprudente,
porém, a alavancagem não é exagerada
1.3. Ed.
Birmann 20, que representa quase 1/3 do fundo, está com sérios problemas de
vacância (64%) e a região onde o imóvel se encontra (Santo Amaro) também está
com uma ocupação muito baixa. E dando uma olhada nos mapas é possível notar que
ele está bem afastado dos demais prédios e percebe-se que não é uma área muito
privilegiada, inclusive com várias residências na proximidade. Além de um rio
passando bem em frente e rios cortando sampa não tem fama de serem dos mais
cheirosos;
1.4. Uma parcela relevante do FII é locada para empresas de tecnologia, ou seja, maiores riscos de vacância
devido a home office;
1.5. 7% do PL (antes era 13%) “sem correção”. Nunca vi algo assim, vou propor algo do tipo pro meu locador pra ver se ele aceita;
1.6. Dificilmente
consegue fazer uma nova emissão tão cedo para colocar novos imóveis com melhor
ocupação no portfólio;
1.7. Teve
problemas com inadimplência;
1.8. O
fundo apresenta várias dificuldades, mas o VP não cai;
1.9. Qualidade duvidosa dos ativos, vide fotos de “antes” dos retrofits
Fonte: Relatório Gerencial RBCO11 |
1.10. O
fundo tinha algumas RMGs, o rendimento caiu recentemente, provável que tenha
sido o fim de uma das RMGs, mas não sei dizer se tem mais alguma outra inflando
os rendimentos;
1.11.
Concentração excessiva em apenas 3 imóveis;
1.12. Home
Office vai cair mais pesado sobre localizações não óbvias;
1.13.
Quando o imóvel está parcialmente vago é mais difícil de se repassar a inflação;
1.14.
Edifício Corporate Alamedas é alugado inteiramente para um escritório de
advocacia e durante a pandemia tive vários amigos advogados trabalhando em Home
Office.
2.
Qualidades:
2.1. Informação
detalhada sobre cada imóvel, inclusive com valor de aquisição (informação
importante pra caramba que gestores adoram “enterrar” nos Fatos Relevantes de
aquisição);
2.2.
Indicação no mapa de onde ficam os prédios, pois nem todo cotista é de São
Paulo para saber da localização somente pelo endereço;
2.3.
Correram atrás de inadimplências e conseguiram recuperar;
2.4. Negociado
a pouco mais da metade do Valor Patrimonial;
2.5. Preço
de locação inferior ao pedido nas regiões, algo que é bom pois proporciona mais
margens para reajustes, mas também pode ser um indicativo de que os imóveis são
inferiores ao da região.
3.
Compraria? Não, pois acredito que as Lajes Corporativas ainda vão sofrer muito
por causa do Home Office, principalmente aquelas localizadas em regiões menos disputadas.
4. Dicas:
4.1. Seguir
com os retrofits, porque a qualidade dos imóveis parece deixar bem a desejar.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 06/02/2022
5.2.
Cotação: R$ 51,04
5.3. VP:
R$ 100,22
5.4. P/VP:
0,51x
5.4. Contexto: Variante ômicron aumentando o número de casos, mas não se vê mais imposições de isolamento.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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