1. Defeitos/riscos:
1.1. Gestão
não parece ser muito ativa nos trades, já que o ganho de capital em 2021
representou apenas 10% da receita;
1.2. Fundo
nasceu no final de 2019, ápice da bolha do IFIX;
1.3. Comentário
da 1ª versão (3T2021): Menos de 25% da carteira alocada em FIIs de papel, sendo
que o momento está muito mais favorável para essa classe de ativos. Lajes
corporativas sozinha quase empata com FIIs de papel, não entendo essa TARA que
FOFs tem com lajes;
1.4.
Apenas 13% em estratégia tática, ou seja, para Trades, entretanto, as taxas são
de gestão ativa;
1.5. Provavelmente está tomando um fumo extremamente grande em HGRE11 (5,12% do PL);
1.6. Como
o próprio gestor reconhece, investir em GTWR11 não foi uma boa ideia, o que era
bem previsível, já que se trata quase de um Mono Mono do segmento bancário em
uma cidade alternativa (Brasília);
1.7. Como
todo FOF, possui cotas de BRCR11 (~5%), fundo de lajes cheio de vacância antes
mesmo da pandemia;
1.8. ¼ do
fundo em ativos da própria CSHG, meio difícil de acreditar que irão girar tais
posições;
1.9.
Quase 100% da parcela dos FIIs de papel é composta por CRIs High Grade, que
proporcionam um carrego ruim devido a não suportarem 2 taxas de administração;
1.10.
Carteira conservadora demais e com muitos FIIs com DY bem baixos (HGLG11,
BRCO11, BRCR11, HGRE11...)
1.11. Posição
em RBED11 (3,40% do PL), fundo educacional vai dar muita dor de cabeça um dia,
isso se já não estiver dando, já que o fundo em questão caiu muito no
secundário;
2.
Qualidades:
2.1. Negociado
bem abaixo do VP mesmo sendo de uma gestora extremamente renomada;
2.2. Alta
volatilidade, então oferece excelentes pontos de entrada;
2.3.
Informa resultados acumulados;
2.4.
Valor Patrimonial pouco volátil;
2.5.
Gestor reconheceu que errou: “Olhando pelo retrovisor, erramos principalmente
na composição dos Fundos de CRI e no momento em que aumentamos o risco do Fundo
com a alocação em Shoppings e Lajes Corporativas, posições que ainda temos
grande convicção, mas que num olhar apenas do ano de 2021 consumiram retorno.”;
2.6. Duas
maiores posições do fundo (HGRU11 e SPVJ11) são de Renda Urbana, segmento que
considero o melhor dentre os fundos de tijolos, devido a melhor localização;
2.7. Apresenta um gráfico com a evolução da alocação por segmento, algo que facilita o entendimento da cabeça do gestor. No caso do HGFF11 é nítido que o gestor não gosta muito de FIIs de papel e de modificar a composição da carteira
Fonte: Relatório Gerencial HGFF11 |
3. Compraria?
Não gosto de FOFs, principalmente aqueles bem conservadores.
4. Dicas:
4.1. Aumentar
bastante a porcentagem em FIIs de papel.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 03/02/2022
5.2.
Cotação: R$ 73,64
5.3. VP:
R$ 91,66
5.4.
P/VP: 0,80x
5.4.
Contexto: FOFs acabaram de se recuperar após uma grande queda, mas os
rendimentos do segmento ainda não reagiram.
Observações:
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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