1. Defeitos/riscos:
1.1. Fundo
gigante, 2 BI, o que dificulta a entrada e saída de fundos, principalmente dos
pequenos;
1.2. Quantidade
excessiva de fundos da própria casa;
1.3.
Concentração excessiva em FII de tijolo, isso após um longo período de bonanças
para FIIs de papel. Uma possível explicação para isso seja o item 1.1., pois
pelo tamanho do FOF, girar a carteira não é tão fácil;
1.4. Antigamente
o gráfico de segmentos possuía 5% em varejo e chamar RBVA11 de FII de varejo é meio
complicado. Atualmente consta 13% em Renda Urbana, que na verdade são agências;
1.5. Preocupantes 18,7% do PL expostos ao segmento bancário: BBPO11 (8,3%), GTWR11 (5,6%), RBVA11 (4,8%);
1.6. Dos
22% do PL em FIIs de papel, a maioria parece ser HG, tem alguns FIIs que não
conheço, mas aparentemente é uma carteira demasiadamente conservadora;
1.7.
Proposição de emissão mesmo com mercado claramente demonstrando falta de
interesse por novas emissões e FOFs;
1.8. FOF
não tão recente, o que aumenta a possibilidade de operações que deram errado e
se encontram no prejuízo.
2. Qualidades:
2.1. Uma
das taxas de gestão mais baixas do mercado de FOFs (0,6% a.a.) e taxa de
performance sobre o IFIX, então a dupla taxação machuca menos;
2.2.
Relatório Gerencial dá um bom panorama sobre os segmentos, muito útil para
novatos aprenderem;
2.3. Conseguiram
fazer com que a Rio Bravo cancelasse a emissão bem abaixo do VP que estavam no
RBVA11;
2.4. Se
comunicam bastante com os cotistas através do RG, vide a explicação sobre
alocação em fundos da casa. Sigo achando algo negativo, mas ao menos colocaram
a visão deles;
2.5.
Posicionamento contra o conflito de interesses nas renegociações de aluguéis em
BBPO11.
3.
Compraria? Não, não gosto de FOFs, principalmente um com posição expressiva em
fundos de agência ou de escritórios bancários. Além disso, devido a grande
quantidade de FIIs corporativos e a ausência de FIIs de papel, o DY do fundo está
bem abaixo dos seus pares.
4. Dicas:
4.1. Diminuir
a exposição ao segmento bancário, algo que a gestão vem fazendo, vide que na
primeira versão da minha análise estava em 20,2%, entretanto, isso pode ter
sido causado pela valorização dos demais fundos e maiores quedas nesse segmento;
4.2. Dar
mais atenção a fundos de papel.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 04/01/2022
5.2.
Cotação: R$82,34
5.3. VP:
R$ 82,57 (desatualizado)
5.4.
P/VP: O VP está desatualizado
5.4.
Contexto: Grande recuperação da cotação dos FOFs com as altas no IFIX, que
aumentam a possibilidade de ganho de capital para os FOFs.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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