terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Todo FII tem seus defeitos #38: HFOF11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Fundo gigante, 2 BI, o que dificulta a entrada e saída de fundos, principalmente dos pequenos;

1.2. Quantidade excessiva de fundos da própria casa;

1.3. Concentração excessiva em FII de tijolo, isso após um longo período de bonanças para FIIs de papel. Uma possível explicação para isso seja o item 1.1., pois pelo tamanho do FOF, girar a carteira não é tão fácil;

1.4. Antigamente o gráfico de segmentos possuía 5% em varejo e chamar RBVA11 de FII de varejo é meio complicado. Atualmente consta 13% em Renda Urbana, que na verdade são agências;

1.5. Preocupantes 18,7% do PL expostos ao segmento bancário: BBPO11 (8,3%), GTWR11 (5,6%), RBVA11 (4,8%);

1.6. Dos 22% do PL em FIIs de papel, a maioria parece ser HG, tem alguns FIIs que não conheço, mas aparentemente é uma carteira demasiadamente conservadora;

1.7. Proposição de emissão mesmo com mercado claramente demonstrando falta de interesse por novas emissões e FOFs;

1.8. FOF não tão recente, o que aumenta a possibilidade de operações que deram errado e se encontram no prejuízo.


2. Qualidades:

2.1. Uma das taxas de gestão mais baixas do mercado de FOFs (0,6% a.a.) e taxa de performance sobre o IFIX, então a dupla taxação machuca menos;

2.2. Relatório Gerencial dá um bom panorama sobre os segmentos, muito útil para novatos aprenderem;

2.3. Conseguiram fazer com que a Rio Bravo cancelasse a emissão bem abaixo do VP que estavam no RBVA11;

2.4. Se comunicam bastante com os cotistas através do RG, vide a explicação sobre alocação em fundos da casa. Sigo achando algo negativo, mas ao menos colocaram a visão deles;

2.5. Posicionamento contra o conflito de interesses nas renegociações de aluguéis em BBPO11.


3. Compraria? Não, não gosto de FOFs, principalmente um com posição expressiva em fundos de agência ou de escritórios bancários. Além disso, devido a grande quantidade de FIIs corporativos e a ausência de FIIs de papel, o DY do fundo está bem abaixo dos seus pares.


4. Dicas:

4.1. Diminuir a exposição ao segmento bancário, algo que a gestão vem fazendo, vide que na primeira versão da minha análise estava em 20,2%, entretanto, isso pode ter sido causado pela valorização dos demais fundos e maiores quedas nesse segmento;

4.2. Dar mais atenção a fundos de papel.


5. Dados:

5.1. Data da análise: 04/01/2022

5.2. Cotação: R$82,34

5.3. VP: R$ 82,57 (desatualizado)

5.4. P/VP: O VP está desatualizado

5.4. Contexto: Grande recuperação da cotação dos FOFs com as altas no IFIX, que aumentam a possibilidade de ganho de capital para os FOFs.


Observações:
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista

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