1. Defeitos/riscos:
1.1. Distribuía
R$0,80/cota no começo de 2019 e hoje, mais de 2 anos e meio depois, está distribuindo
R$0,64/cota, uma queda nominal de 20%, além de um IPCA de 17% durante esse
período. Muito provável que essa queda tenha acontecido devido a aquisição de
imóveis com Cap Rates bem baixos;
1.2. Rápido
ciclo imobiliário dos galpões logísticos, observem que o galpão em
desenvolvimento do fundo estava em “Greenfield” em dez/2020 e tem previsão de
entrega no 2T/2022, apenas 1 ano e meio;
1.3. Apesar
da euforia criada pelo mercado com galpões Logísticos, o aluguel médio do
segmento está estagnado, como um dos gráficos do RG mesmo mostra
Fonte: Relatório Gerencial VILG11 |
1.4. Imóveis locados para AMBEV, que é um dos piores locatários possíveis, pode até ter um ótimo perfil de crédito, mas a empresa esculacha com o proprietário ao fim do contrato (pesquisem o caso do fundo GRLV11). E como são imóveis fora de grandes centros, só a AMBEV pode ocupa-los integralmente, então esperem quedas significativas ao final dos contratos;
1.5. Não
informa o vencimento dos contratos por inquilino, pelo menos os mais relevantes
e os de contrato atípico seria bom informar;
1.6. Coca-Cola
(Grupo FEMSA) sendo considerado E-commerce.
2.
Qualidades:
2.1. Taxa
de administração baixa, 0,75% a partir de 1 BI e taxa de performance
inofensiva;
2.2. 39%
da receita advinda de imóveis locados para e-commerce, que geralmente são mais
modernos e melhor localizados;
2.3.
Imóveis de condomínio logístico, ou seja, podem atender mais de um tipo de
inquilino;
2.4. Vacância
zerada mesmo com 80% da carteira sendo contratos típicos;
2.5.
Desenvolvimento de galpões, algo essencial, já que os Cap Rates encontrados no
mercado estão muito baixos;
2.6.
Utilização de alavancagem e deixa bem visível as informações sobre os passivos;
2.7. Contratos
típicos podem permitir reajustes acima da inflação;
2.8. Baixa
concentração por locatário;
2.9.
Fundo queridinho pelos influenciadores;
2.10.
Fundo bilionários, assim pode mandar dinheiro em caixa para compras sem
impactar tanto os rendimentos;
2.11.
Imóvel localizado no Rio de Janeiro possui mais de um inquilino e são contratos
típicos, ou seja, os inquilinos não estão sendo “segurados” pelo contrato;
2.12.
Imóveis localizados em praças famosas, como Extrema, Pouso Alegre e Rodovia
Castello Branco.
3.
Compraria? Sim, considero FIIs logísticos com Condomínios os mais prósperos do segmento,
já que o poder de negociação do inquilino é menor e os contratos são típicos,
ou seja, maior liberdade para altas do aluguel.
4. Dicas:
4.1. Elaboração
de uma tabela detalhando as informações dos imóveis (localização, porcentagem,
BL, etc.);
4.2.
Fazer como o HGLG11 e utilizar os 5% que pode reter para pagar as amortizações.
5. Dados:
5.1. Data
da análise: 19/12/2021
5.2.
Cotação: R$ 96,76
5.3. VP:
R$ 113,59
5.4.
P/VP: 0,85x
5.4.
Contexto: FIIs de tijolos sendo negociados com desconto, mas otimismo com o
segmento logístico segue de pé.
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda, é apenas a opinião de uma sardinha pessimista
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