domingo, 14 de agosto de 2022

Todo FII tem seus defeitos #113: KISU11 2.0

1. Defeitos/riscos:

1.1. Risco de tomar prejuízos ao ter que fazer rebalanceamentos da carteira. Estou ciente de que a gestão não precisa realizar as trocar imediatamente, mas se quiser realmente seguir o índice, em algum momento terá que fazer vendas com prejuízo. Atualização 2ª versão: uma olhada na DRE do fundo mostra que os prejuízos têm sido frequentes

 


1.2. Vários fundos que não me agradam e o fundo não vai poder se livrar: BRCR11, KNCR11, BBPO11, RBVA11, GTWR11, MXRF11 e HGRE11;

1.3. SUNO30 privilegia os maiores fundos do mercado e nem sempre os maiores são os melhores. E há muitas oportunidades nos fundos pequenos;

1.4. Se a Suno retirar do índice um fundo como BRCR11, que o FOF muito provavelmente está com um prejuízo acumulado bem elevado, será problemático;

1.5. A Suno cobra Royalties pela utilização do seu nome, mas não sei dizer quem arca por tal custo, se o fundo (cotistas) ou os gestores;

1.6. No momento em que escrevo o fundo está com 5,9% do PL em Caixa, algo que poderia fazer sentido em um fundo de gestão ativa como reserva de oportunidade, mas em um fundo passivo não vejo utilidade. A não ser que seja para adequar o fundo ao SUNO30;

1.7. Quanto mais o fundo crescer mais difícil será se adequar ao índice e KISU11 no momento em que escrevo já possui um PL de quase 500 milhões.


2. Qualidades:

2.1. Ter Suno no nome parece ser bem efetivo no marketing, vide que se trata de uma gestora pequena (Kilima) e o fundo possui quase 67 mil cotistas no momento em que escrevo. Esse marketing pode ser muito útil para pessoas interessadas em fazer um trade com a recuperação do IFIX, já que fundos com bom marketing atingem P/VP mais elevados

 


2.2. Fundo relativamente recente (10/2020), então é de esperar que não possua tantas posições em prejuízo elevado (se comparado a fundos pré-pandemia);

2.3. Sem taxa de performance;

2.4. Menor dependência de trades para manter a distribuição de rendimentos;

2.5. Segmento de lajes corporativas pouco representativo (8% do PL), que tem apresentado uma recuperação muito mais lenta do que a esperada. Muitos acreditam veemente que as lajes ainda vão dar a volta por cima, eu acredito que o futuro é incerto

 


2.6. Boa distribuição entre segmentos;

2.7. Taxa de administração barata (0,60% a.a.);

2.8. Administradora Vórtx;

2.9. Faz uso de arbitragens;

2.10. Utilização de empréstimo de ativos para aumentar a renda.


3. Compraria? Não, não me agrada esses reajustes forçados na carteira, mas, a depender do desconto, pode ser interessante para trades.


4. Dicas:

4.1. Alguns meses atrás o fundo passou por modificações para ter mais flexibilidade nas movimentações, seria interessante deixar explícito no relatório gerencial tais artifícios que melhorem a adequação do fundo ao índice;

4.2. Informa que 8,8% do PL estão em FIIs híbridos, mas não consegui identificar. O único que achei foi o KNRI11;

4.3. Informar resultados acumulados;

4.4. Acrescentar um gráfico com o histórico de alocação por segmento;

4.5. Informar as divergências atuais entre o fundo e o índice. Seria interessante um gráfico comparando os dois.

 

5. Dados:

5.1. Data da análise: 25/07/2022

5.2. Cotação: R$ 7,79

5.3. VP: R$ 8,82

5.4. P/VP: 0,88x

5.4. Contexto: IPCA desacelerando, SELIC em 13,25% a.a. e subindo, poucos meses para a eleição, expectativa de que fundos de tijolos repassem a inflação e os rendimentos cresçam e FOFs sendo negociados com bastante desconto sobre o VP.


Observações:
- O objetivo do post não é denegrir o fundo, mas expor alguns defeitos e abrir uma discussão saudável
- Não aprofundo para não alongar o post, caso queira uma explicação melhor basta comentar
- Não é recomendação de compra/venda

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